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quarta-feira, 31 de agosto de 2016

CIDADE DE OURO PRETO

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CIDADE DE OURO PRETO

A cidade Ouro Preto, ora município de Minas Gerais, fui fundada em 1711, mercê da fusão de arrais diversos, por sua vez fundados por Bandeirantes.
Ouro Preto situa-se numa das principais áreas do ciclo do ouro. Basta saber-se que no século XVIII dali sairam para Portugal 800 toneladas desse precioso metal, sem contar com o que circulou ilegalmente, nem o que permaneceu na Colónia, como o que foi empregue na ornamentação de igrejas.
O município, contado com cerca de 40.000 habitantes, chegou a ser a cidade mais populosa da América Latina.
A Cidade Histórica de Ouro Preto, foi o primeiro local do Brasil a ser considerado, em 1980, pela UNESCO Património Mundial da Humanidade. Já em 1933 fora considerado património estadual e em 1938 monumento nacional.
Foi em 1720 que Ouro Preto, então Vila Rica foi escolhida para capital da nova Capitania de Minas Gerais.
O nome ficou a dever-se a uma característica do mineral encontrado. À época o ouro era escurecido por uma camada de paládio, ficando com uma coloração diferente da normalidade.
Falar da cidade de Ouro Preto, sobretudo, é trazer à memória a genial obra artística de António Francisco Lisboa, mais conhecido por Aleijadinho.
Toda a sua vasta obra realizada em Minas Gerais, especialmente em Ouro Preto, Sabará, São João del Rei e Congonhas.
Os principais monumentos, onde podem ser apreciadas as suas obras são a Igreja de São Francisco de Assis de Ouro Preto e o Santuário do Bom Jesus de Matosinhos. Com um estilo relacionado ao Barroco e ao Recocó, é considerado pela crítica, como o maior expoente da arte colonial do Brasil.
Para alguns estudiosos estrangeiros, o Aleijadinho é o maior nome do Barroco americano, com lugar destacado na arte do ocidente.
A sua obra está envolta em mistério, lenda e controvérsia, dificultando o trabalho de pesquisa sobre a grande personalidade da história do Brasil Colonial. Ao tempo mesmo tido como um herói nacional.
A principal fonte documental sobre a figura do Aleijadinho é uma nota biográfica escrita, cerca de quarenta anos depois da sua morte.
A sua trajectória só poderá ser reconstituída, através das obras deixadas. Ainda assim, a atribuição de boa parte, das quatrocentas obras que lhe são atribuídas, cria controvérsia.
António Francisco Lisboa, o Aleijadinho era filho natural do arquitecto português, Manuel Francisco Lisboa e da sua escrava africana, Isabel.
Na certidão de baptismo consta que António, nascido escravo, fora baptizado em 29 de Agosto de 1730 na então Vila Rica, actual Ouro Preto, freguesia de Nossa Senhora da Conceição, tendo como padrinho António Reis, na ocasião, sendo alforriado por seu pai e senhor.
O Aleijadinho terá falecido em 18 de Novembro de 1814.
A cidade de Ouro Preto é um verdadeiro museu arquitectónico colonial a “céu aberto”, não só prestigiando o grande Brasil, mas também os colonizadores portugueses.
Teodósio de Mello, percorrendo as ruelas da Cidade, foi pensando no modo como os dois povos de hoje, Portugal e Brasil, se identificam.
O caso desta colonização, por determinadas características, como a da fé religiosa que, apesar de tudo, considera exemplar, retracta bem o sentido da aculturação desta Pátria do Cruzeiro do Sul.
Pode ser aqui encontrado grande campo de estudo, para a moderna sociologia e antropologia. Senão vejamos: a quantidade de “aventureiros”, grande parte da fidalguia portuguesa, acabou por se instalar no Brasil, donde saiu da mesma, a descendência que soube tornar este imenso Pais independente.
Tudo isto, depois de ter sido ali, Rio de Janeiro, a verdadeira capital do Reino de Portugal.
Na imaginação de Teodósio de Mello, a Era da Colonização, se comparativamente, e na mentalidade de então, terá de ser sempre considerada verdadeiro orgulho, para os portugueses que precisam de descartar a ideia, tipo propagandística, típica do Estado Novo, essa sim de má memória.
Depois com, o pensamento não só na Aleijadinho e artistas, seus discípulos, e também na arte de Ataíde, com um último olhar pela capital colonial de Minas Gerais, Cidade de Ouro Preto, focando também a atenção na de Congonhas, um sorriso feliz lhe aflorou aos lábios.
É evidente que os Bandeirantes, verdadeiros descentes de portugueses, foram os desbravadores das riquezas da Capitania de Minas Gerais, daquela sesmaria, que tornaram possível, o grande período artístico de cujo incomensurável talento de Manuel Francisco Lisboa, o Aleijadinho, o tornou a relevante e máxima figura.

Daniel Costa





5 comentários:

  1. Oi Daniel, que beleza de postagem. Eu como mineira, fico maravilhada!
    Ouro Preto é belíssimo, e todas as cidades circunvizinhas!
    Um ótimo dia, e feliz Setembro!
    Abraços, e um ótimo dia!
    Mariangela

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  2. Oi Daniel,que maravilha você escrever sobre Ouro Preto,não conheço,mas sei que é uma cidade histórica e com lugares maravilhosos para visitar.
    Adorei o texto.
    Bjs e obrigada pela visita.
    Carmen Lúcia.

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  3. Outo Preto merece essa linda publicação! Vale ler! abração,chica

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  4. As maiores expressões do Barroco Mineiro são, sem dúvida, o Aleijadinho e Mestre Ataíde. Mas a arte setecentista de Minas Gerais foi criação de uma infinidade de artistas, dos quais muitos permanecem no anonimato.
    Muito bom seu texto, Daniel! Adoro Ouro Preto, emociona pela História e pela sua arte maravilhosa. Pra mim o período mais belo das Artes, é o período Barroco - tanto no Brasil como na Europa.
    Beijo.

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  5. OI DANIEL!
    UM TEXTO PERFEITO NO QUAL EXALTAS A RIQUEZA DA VALIOSA, LINDA E HISTÓRICA CIDADE DE OURO PRETO.
    ABRÇS
    http://zilanicelia.blogspot.com.br/

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