CASAL DO FOZ A TERCEIRA LENDA

Sem duvida, o Brasil é o País do futuro. Há apenas, de não se adiar esse futuro.

sexta-feira, 5 de junho de 2015

VILA DE BELMONTE

  

VILA DE BELMONTE


Teodósio de Mello, nascera descendente de fidalgos e bastante novo herdara grande fortuna, cuja lhe valia grande rendimento.
Depois de o consolidar, de modo algum desejou ficar de braços cruzados.
Bem no fundo do seu ser, o homem era mais de fazer acontecer, do que esperar que acontecesse.
Senhor de grande sabedoria, relativamente, à verdadeira saga do que foram os descobrimentos portugueses.
Essa grande epopeia, de uma gesta histórica que a nós, lusos, sem favor pode orgulhar, tendo em conta, que as descobertas e a sequente colonização deverão de ser vistas à luz da época.
Sendo assim, os portugueses bem se podem orgulhar e enaltecer os feitos dos seus antepassados, o seu modo de promover a cultura das populações, com que iam entrando em contacto.
No entanto perguntava-se:
- Então, o que foi feito dessa grande sociedade humana, que teve vultos da visão de um Infante D. Henrique, que se soube rodear de outros grandes homens, para levar por diante, o seu genial projecto?
Foi isso que Teodósio de Mello, homem já bastante culto, desejou ver mais esclarecido.
A isso se iria devotar.
Primordialmente no caso do Brasil, onde a cultura portuguesa, é mais visível nos variados aspectos .
Foi assim que quis conhecer Belmonte, vila onde nasceu Pedro Álvares Cabral, o registado, achador do Brasil, terra a que uma vez ali aportado, deu o nome de Terras de Vera Cruz.
Belmonte, na realidade é uma vila de tradicional referência, que faz parte da Beira interior, no Distrito Castelo Branco.
Sendo vizinha da cidade da Covilhã. Apesar das duas localidades, estarem localizadas no interior de Portugal, como poucas regiões portuguesas, estão muito conotadas com os descobrimentos marítimos portugueses.
Com a curiosidade de Pedro Alvares Cabral, descobridor do Brasil, ser oriundo da vila de Belmonte
No século XII, mais propriamente, em 1199, já o rei D. Sancho I, concedera foral à vila.
Depois ali se vieram a refugiar bastantes judeus sefarditas, tentando fugir à obrigatoriedade, que lhes era imposta de se converterem ao cristianismo.
Teodósio de Mello, ficando uns dias na vila, conheceu a ancestralidade, das suas ruinas de fortificações.
Tomou ainda conhecimento, que Belmonte foi, onde se refugiou um grupo de judeus, que se decidiram isolar do mundo exterior, cortando o contacto com o resto do país, podendo seguir as suas tradições à risca.
Numa alusão à proibição ritual de comerem carne de porco, foram chamados de “marranos”.
Durante séculos os “marranos” de Belmonte puderam manter as suas tradições quase intactas, tornando-se um caso excepcional de comunidade criptojudaica.
Só muito mais tarde, já no século XX a comunidade estabeleceu contactos com os judeus de Israel e oficializou o judaísmo como a sua religião.
Em 2005 foi inaugurado o Museu Judaico de Belmonte, o primeiro do género em Portugal, que mostra as tradições e o dia-a-dia dessa comunidade.
O facto teve ainda o condão de mostrar a tolerância dos portugueses, em relação a outras etnias.
Foi o que aconteceu no caso das terras descobertas.


 
Daniel Costa