CASAL DO FOZ A TERCEIRA LENDA

Sem duvida, o Brasil é o País do futuro. Há apenas, de não se adiar esse futuro.

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

terça-feira, 15 de novembro de 2016

ALAGOAS, A GUERRA COM OS HOLANDESES E O QUILOMBO DE PALMARES

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ALAGOAS, A GUERRA COM OS HOLANDESES E O QUILOMBO DE PALMARES

No princípio do século XVII, Penedo, Porto Calvo e Alagoas, admitindo-se essas promoções fossem atribuídas no século anterior. Mas em 1636 é foram elevadas a vilas, com a economia baseada na actividade açucareira, visto que os engenhos de açúcar se tornaram os núcleos principais da ocupação da terra.
A partir de 1630 Alagoas é atingida pela invasão holandesa, tendo povoados, igrejas e engenhos incendiados e saqueados.
Os portugueses reagiram duramente. Batidos por sucessivos reveses, os holandeses, já desanimavam, pensando em retirar-se quando para eles se passa o mameluco Domingos Fernando Calador, de Porto Calvo.
Grande conhecedor do terreno, orientou-os em nova expedição a Alagoas.
Tendo os invasores, aportado à Barra Grande passaram a vários pontos com êxito. Em Santa Luzia do Norte, a população ainda resistiu.
Após encarniçada batalha os holandeses, recuaram e retomaram a Recife.
No entanto, caindo em seu poder o arraial do Bom Jesus, entre Recife e Olinda, adregaram vitórias.
Alagoas, Penedo e Porto Calvo, foram os pontos principais se travou a luta em terras alagoanas.
Por fim, os portugueses retomaram Porto Calvo e aprisionaram, que morreu na forca em 1635.
Clara Camarão, uma mulher porto-calvense de sangue indígena, também se salientou na luta com os holandeses, acompanhando o marido, o índio Filipe Camarão, na maior parte dos lances, arregimentando outras mulheres, tomando-lhes a dianteira.
Por volta de 1641, um chefe holandês afirmou a região estar quase despovoada. João Maurício de Nassau pensou em repovoá-la, contudo o projecto não foi em frente.
À época também se produzia fumo (planta, antigamente conhecido por “ouro verde”) em Alagoas, considerado de qualidade excelente, o da Barra Grande.
Em 1645 a população participou na reacção nacionalista, na luta sob o comando de Cristóvão Lins, neto homónimo do primeiro povoador de Porto Calvo.
Expulsos os holandeses do território, em Setembro de 1645, a prossegue na luta, agora em território de Pernambuco.
No fim do século XVII, São intensificadas lutas contra os quilombos, os negros agrupados nos Palmares.
Frustradas as primeiras tentativas de Domingos Jorge Velho em 1692. Dois anos depois o quilombo é derrotado, com ataques simultâneos de três colunas: uma, de paulistas; outra de pernambucanos, comandados por Bernardo Vieira de Melo, a terceira, de alagoanos sob o camando de Sebastião Dias.
Palmares, começou a formar-se ainda no em fim do XVI século, durando cerca de em anos.
Dos maiores redutos de escravos foragidos da era colonial, Palmares ocupava, a vasta área que, coberta de palmeiras, se estendia do cabo de Santo Agostinho ao rio São Francisco. A superfície, progressivamente, reduzida com o passar do tempo viria, em fins do século XVII, a concentrar-se, na ainda extensa região delimitada pelas vilas de Una Serinhaèm em Pernambuco e Porto Calvo, Alagoas e São Francisco penedo, também em Alagoas.
Os escravos se organizaram reduto, um verdadeiro estado, em moldes africanos com o quilombo constituído de diversas populações (mocamos) cerca de onze, governadas por oligarcas, na chefia suprema do rei Ganga-Zumba.
A partir de 1667, intensificaram-se as entradas contra os negros, a princípio com a finalidade de os recapturar, em seguida com a de reconquistar as terras de que aqueles se tinham apoderado.
As investidas do sargento-mor Manuel Lopes em 1835 e de Fernão Carrilho 1677, foram desastrosas para os quilombos. As hostes aguerridas em seguida a uma primeira expedição punitiva, em 1679, que liquidaria o velho, verdadeira e última resistência.
Desapareceu o quilombo de Palmares, em 20 de Novembro de 1695.

Daniel Costa






quinta-feira, 10 de novembro de 2016

ALAGOAS E O PLANALTO

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ALAGOAS E O PLANALTO

Reconhecida desde as primeiras expedições portuguesas, a costa do actual Estado de Alagoas, desde cedo, foi também visitada por embarcações de outras nacionalidades, para escanto do pau-brasil.
Alagoas aquando da instituição de Capitanias Hereditárias foi integrada na de Pernambuco, a sua ocupação remonta à fundação da vila do Penedo em 1545, pelo donatário Duarte Coelho Pereira, que incentivou a fundação de engenhos na região, nas margens do rio São Francisco.
Região celebrizada, por ter palco do naufrágio da nau Nossa Senhora da Ajuda e posterior massacre dos sobreviventes, entre os quais o bispo dom Pero Fernandes Sardinha, pelos caetés, em 1556. O episódio serviu de justificação para a guerra de extermínio desse grupo indígena pela Coroa portuguesa.
No início do XVII século, para além da lavoura de cana-de-açúcar, a região de Alagoas já tinha expressão como produtora regional de farinha de mandioca, tabaco e peixe seco, consumidos na Capitania de Pernambuco.
Durante as invasões holandesas do Brasil, de 1630 a 1654, o seu litoral tornou-se terreno de violentos combates, multiplicaram-se os quilombos no seu interior, os africanos evadidos dos engenhos de Pernambuco e da Bahia.
Palmares, o mais famoso chegou a contar, com vinte mil pessoas, no seu apogeu.
Os quilombos constituíam locais de refúgio de escravos africanos e afrodescendentes, em todo o continente americano. Eram entendidos pelo Conselho Ultramarino, do governo português em 1740, como todo o agrupamento de negros fugidos que passesse de cinco.
A comarca de Alagoas, constitui-se em 1711, sendo desmembrada da Capitania de Pernambuco, por decreto de 16 de Setembro de 1817, em consequência da revolução pernambucana daquele ano.
Foi o seu primeiro governador, Sebastião Francisco de Melo e Póvoas, assumindo a função a 22 de Janeiro de 1819.
Barra Grande terá sido o primeiro ponto do Território de Alagoas visitado por descobridores europeus, por ocasião da viagem de Américo Vespúcio em 1501. Embora não haja qualquer referência àquele porto, excelente para acolher navios. Como a expedição vinha de norte para sul, pode crer-se que o primeiro contacto com a terra alagoana tenha ocorrido ali.
Vespúcio assinalou um rio a que chamou São Miguel. A 4 de Outubro denominou São Francisco o rio então descoberto, actualmente limite de Alagoas com Sergipe.
Nas décadas seguintes os franceses andaram pela costa alagoana, no tráfico do pau-brasil. O porto do Francês documenta a presença daquele povo.
Em 1570, em segunda bandeira enviada por Duarte Coelho, comandada por Cristóvão Lins, explorou o norte de Alagoas, onde fundou Porto Calvo e cinco engenhos, dos quais ainda existem dois. O Buenos Aires e o Escurial.
Neste, repousou em 1601, o corsário Inglês Anthony Knivet, que viajara por terra após fugir da Bahia, onde estivera prisioneiro dos portugueses.
Quão é importante fazer-se uma reflexão, sobre a expansão marítima de Portugal, pela lógica da dinâmica criação do reino, por D. Afonso Henriques.
Portugal com a sua origem, como pais, no Condado Portucalense, devido a estar afastado dos centros de decisão, politica, da cristandade europeia, então vigente, na primeira dinastia, foi conquistando terras aos moiros, rumando ao sul.
Chegado ao Algarve e consequentemente ao mediterrânio, estavam traçadas as fronteiras do país.
Porém, as elites constituídas pelos fidalgos, a irrequietude de espirito, a que não seria alheia uma crescente demografia, iam ditando que as fronteiras se estabelecessem para além do oceano, dado este ser patente, em metade do país.
Tudo isso explica a expansão ultramarina, de que o Brasil foi paradigma.
Era nisto que Teodósio de Mello meditava, enquanto ia pensando no quanto os portugueses foram vencendo todos de obstáculos.
Só assim se explica que o Brasil, na sua extensão, seja hoje um grande espaço da lusitanidade, que a todos deve orgulhar, já que a nossa pátria é a nossa língua.

Daniel Costa






sexta-feira, 4 de novembro de 2016

GUARABIRA - TERRA DA LUZ - CAPITAL DO BREJO

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GUARABIRA – TERRA DA LUZ - CAPITAL DO BREJO

O nome Guarabira vem do temo tupi Guiraobira que designava o chefe da tribo. O topónimo pode, entre outras interpretações, ser traduzido, por pássaro verde.
Por volta do décimo século, a região foi invadida por povos tupis procedentes da Amazónia, que expulsaram os originais habitantes, falantes de línguas macro-jês, para o interior do continente.
Quando os primeiros exploradores, no século XVI, chegaram à região, esta era habitada pela tribo dos potiguares.
No reinado de Filipe III de Espanha, II de Portugal, Duarte Gomes da Silveira, filho de pais portugueses, Pedro Alves da Silveira e Maria Gomes Bezerra, nascera em Olinda e teve notável influência nas origens de Guarabira. Foi durante o domínio espanhol que ele iniciou perto da Araçagi, a pecuária e os latifúndios.
Relevante foi a ida da vila de Natal para Cupuoba e Quandus, aldeia de índios, do Jesuíta Gaspar de Samperes, no fim das guerras dos potiguares, em 1578, em missão de paz.
O padre viajou a pé para a pacificação potiguar, sem armas, apenas vestido da couraça da fé, transformado os valentes rebeldes selvagens em ovelhas mansas e fiéis.
O jesuíta Gaspar era espanhol.
Tempos após, holandeses garimpeiros, sob as ordens de Elias Herckmans, procuravam minas no Rio Araçagi desta zona, o que ocorreu na segunda metade do seculo XVI, aquando da capitania da Paraíba e fundação do município da Senhora das Neves, em 1585, o que viria a ser a cidade de João Pessoa.
Em 1592, Feliciano Coelho de Carvalho, governador da capitania, com a colaboração dos tabajaras, conseguiu, diversas vezes, travar combates vencedores, com índios potiguares e seus aliados franceses, que se localizavam na Serra da Copaoba, actual Serra da Raiz. Período, em que mercê dos seus trabalhos, Duarte Gomes recebeu o título de capitão-mor da Serra de Cupaoba.
A fundação de Guarabira teve lugar em 1694, em terras do engenho Morgado, pertencentes a Duarte Gomes Teixeira. As primeiras residências edificadas, mais tarde, deram origem à Vila da Independência, primeiro topónimo da cidade de Guarabira, que em virtude da sua localização e excelência do solo, tornou-se de enorme prestígio e influência nas suas redondezas.
Em 1 de Novembro de 1755, com o conhecido e transcendente terramoto de Lisboa, José Rodrigues Gonçalves da Costa, tomado de pânico fugiu da Póvoa de Varzim, no norte, perto da cidade do Porto, sua terra.
Aportou em Guarabira com toda a família.
Costa Beiriz, por ser da localidade do mesmo nome, como ficou conhecido, mandou construir uma capela onde colocou, uma imagem da Nossa Senhora da Luz, de que era muito devoto e levara de Portugal.
Esta tornou-se a padroeira do município, embora o padre João Milanez, já tivesse construído a primeira igreja do Município, a capela de Nossa Senhora da Conceição em 1730.
Em 1760 começaram as primeiras orações e novenas à Virgem da Luz.
Sempre atento a pormenores ditados pelas suas pesquisas, Teodósio de Mello, não encontrando mais referências a José Rodrigues Gonçalves da Costa, tomou a liberdade de intuir, que o mesmo teria casa com terras em Lisboa, possivelmente na freguesia de Carnide, ainda bastante rural.
De tudo se pode pressupor que ele estaria algures na freguesia de Carnide, onde a Senhora da Luz, na sua vetusta catedral, já era de enorme tradição, ser muito venerada, quando se deu o terramoto, seguido de marmoto.
Acresce ainda que, o grande terramoto, se deu de Lisboa para o sul e a Póvoa de Varzim é bem no norte de Portugal.

Daniel Costa