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segunda-feira, 10 de outubro de 2016

CAPITANIA DO CEARÁ

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CAPITANIA DO CEARÁ

Na beleza da reluzente visão do mar da capital da Paraíba, entre o oceano e a cidade, no imponente Hotel de Tambaú, com a bela Samira a embelezar-lhe a existência, Teodósio de Mello, pensador por natureza, não podia deixar de reflectir sobre todos os aspectos que envolveram a colonização e aculturação do grandioso Brasil.
E esbarra sempre com a chamada União Ibérica, que de união nada teve de proveito para a Coroa Portuguesa. Veja-se até o caso dos holandeses que, tendo estado também sobre o jugo dos espanhóis, foi na Colónia do Brasil, que passaram a retaliar estes, quando na verdade, tiveram de ser os portugueses e seus aliados indígenas a vencer as suas invasões e expulsá-los, definitivamente do território.
Os factos da história do território cearense, na História Moderna, começaram a ser registados a partir do XVI século.
A região já habitada por várias etnias indígenas a viver da extracção de recursos naturais, como o que provinha da pesca e do comércio com povos europeus.
A História da formação do Ceará resulta de factores sociais diversos, como a interacção, dos povos nativos com os europeus e africanos e da adaptação destes ao fenómeno da seca.
A capitania, em 20 de Novembro de 1535, foi doada ao provedor-mor da Fazenda Real, António Cardoso de Barros, subalterno de Fernão Álvares de Andrade e de D. António de Ataíde. Este não se interessou em colonizá-la.
Os franceses foram os primeiros europeus a estabelecerem-se no Ceará, onde em 1590 fundaram a Feitoria da Itabanga, já ali negociavam âmbar-gris, as tatajubas (nome popular de árvores de grande porte), a pimenta e o algodão.
Os holandeses também já negociavam com os cearenses nativos, a exemplo do capitão Jen Baptista Sijens, que esteve no Mucuripe em 1600.
A partir de 1603 os portugueses tentaram, por meio do litoral, estabelecer-se em terras cearenses, porém devido à intensa resistência nativa e à falta de conhecimento de como sobreviver às secas não obtiveram sucesso.
Esta foi a primeira tentativa efectiva da colonização, graças aos contactos entre os índios Potyguara e portugueses, que Pero Coelho de Sousa, que fundou o Forte de São Tiago na Barra do Ceará, porém em 1605 sobreveio a primeira seca registada da história cearense, fazendo com que Pero Coelho e família abandonassem a capitania.
Depois da partida de Pero Coelho, os padres jesuítas Francisco e Luís figueira chegaram ao Ceará para evangelizar os ossilvícolas.
Avançaram até à Chapada da Ibiapaba, aí ficaram até à morte do padre Francisco Pinto. O padre Luís voltou para Pernambuco em 1608.
Nova expedição portuguesa foi enviada em 1612, como parte dos esforços para a conquista do Maranhão, dominado então pelos franceses.
Dessa expedição fez parte Martim Soares Moreno em 1602, que ergueu o Fortim de São Sebastião, também na Barra do Ceará. Ao voltar em 1621, encontrou o forte destruído, mas lançou as bases para início da exploração económica pelos portugueses e a convivência com os nativos.
Já estabelecidos em Pernambuco desde 1630, os holandeses tentaram invadir o Ceará em 1631, a pedido das nações indígenas cearenses. Entretanto, a primeira tentativa de conquista holandesa fracassou.
Porém, em 1637 o território voltou a ser ocupado pelos holandeses, devido a uma luta conjunta com os nativos, em cuja, os portugueses foram feitos prisioneiros e levados para a capital da capitania.

Daniel Costa



4 comentários:

  1. De cada vez que aqui passo fico a saber um pouco mais da nossa História comum... Gostei de ler, Daniel.
    Uma boa semana.
    Beijos.

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  2. Daniel não conheço o Ceará,mas sei que é lindo,e você nos dá esse prazer de conhecê-lo melhor através das suas publicações.
    Parabéns,adorei!
    Bjs,obrigada pela visita e uma ótima semana.
    Carmen Lúcia.

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  3. OI DANIEL!
    TAMBÉM AINDA NÃO TIVE O PRIVILÉGIO DE CONHECER ESTE PEDACINHO DO BRASIL QUE SEI SER LINDO, MAS, ATRAVÉS DE TUAS PALAVRAS, CONHEÇO AGORA UM POUCO DE SUA FISTÓRIA.
    ABRÇS

    http://zilanicelia.blogspot.com.br/

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  4. Ola Daniel,
    Voce descreve e escreve a historia do brasil melhor
    que muito brasileiro.
    Ceara é um lugar belissimo. Terra de José de Alencar, Rachel de Queiroz, Patativa do Assaré, Dom Hélder Câmara, Clóvis Beviláqua, Castelo Branco e de Padre Cícero, o "cearense do século". O Ceará também revelou Chico Anysio, Renato Aragão e Tom Cavalcante, considerados os maiores humoristas do país;
    Parabéns, assim podemos conhecer mais do nosso pais.
    Beijos

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