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domingo, 11 de setembro de 2016

OLINDA CAPITAL COLONIAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO

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OLINDA CAPITAL COLONIAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO

Dominada pela Espanha, na ocasião denominada União Ibérica, 1580 / 1640 a Holanda, tendo conseguido a sua independência, vê em Pernambuco uma oportunidade para impor duro golpe ao reino de Filipe IV de Espanha e III de Portugal.
Assim, a capitania de Pernambuco foi invadida pela Companhia das Índias Ocidentais, visto aquele território ser então o maior em produção de açúcar da América portuguesa.
Foi a 26 de Dezembro de 1629 que, de Cabo Verde, partiu para Pernambuco, sob o comando do almirante Hendrick Lonck, poderosa esquadra holandesa, de 67 navios com cerca de 7000 homens, desembarcando na praia de Pau Amarelo. Em Fevereiro de 1630 conquistaram a capitania, estabelecendo ai o que designaram, a colónia de Nova Holanda.
Na passagem do Rio Doce a frágil resistência, foi derrotada e sem grandes contratempos, os holandeses invadiram Olinda.
Olinda era a cidade mais rica do Brasil Colónia, o que se manteria, sendo que pouco antes de 1608, a cidade chegou a ser referida como uma “Lisboa pequena”, quando os holandeses a saquearam, destruíram e incendiaram, escolhendo o Recife para capital do Brasil Holandês.
Após a insurreição Pernambucana, Olinda voltou a ser a sede da Capitania, porém sem a influência anterior.
Mais antiga das cidades brasileiras, declaradas pela UNESCO Património Histórico e Cultural da Humanidade. Olinda foi o segundo centro histórico do país a receber o título, em 1982, após Ouro Preto.
É considerada uma das localidades coloniais melhor preservadas do Brasil.
Os moradores em pânico fugiram como puderam. Alguns focos de contenção foram eliminados, em pouco a capital Olinda e o seu porto, Recife, foram tomados, destacando-se a bravura do capitão André Temudo em defesa da Igreja da Misericórdia.
Maurício de Nassau, conde desembarcou na Nieuw Hollanda (Nova Holanda), acompanhado por uma equipa de arquitectos e engenheiros, em 1637 e começa a construção de Mauritsstad (Recife actual), que foi dotada de pontes, diques e canais, para vencer as condições geográficas locais, que se lhe apresentavam.
O arquitecto Pieter Post foi o responsável pelo traçado da nova cidade e de edifícios como Palácio Friburgo, sede do poder de Nassau, nessa Nova Holanda.
Também o observatório astronómico, tido como o primeiro do Continente Americano.
Em 28 de Fevereiro de 1644 foi ligada à Cidade Maurícia, com a construção da primeira ponte da América Latina.
Durante o governo de Nassau, Recife foi considerada a cidade mais cosmopolita das Américas, tinha a maior comunidade judaica do continente, que à época construiu a primeira sinagoga do novo mundo, a Kahal Zur Israel, assim como a segunda, a Maquen Abraham.
Sendo um dos mais importantes motivos, a causa próxima, a exoneração de Maurício de Nassau, do governo da capitania, pela Companhia Holandesa das Índias Ocidentais, o povo de Pernambuco, rebelou-se contra o governo do invasor.
Num movimento denominada Insurreição Pernambucana 1645 / 1654, ou Guerra da Luz Divina, em 15 de Maio de 1645, reunidos no Engenho de São João, 18 líderes insurrectos pernambucanos, assinaram um compromisso para lutar contra o domínio holandês na capitania.
Com o acordo assinado, inicia-se o contra-ataque. A primeira vitória importante deu-se no Monte das Tabocas, onde 1200 homens armados de armas de fogo, foices, paus e flexas, numa emboscada derrotaram 1900 holandeses, bem armados e treinados.
O sucesso deu ao líder António Dias Cardoso, o apelido de Mestre das Emboscadas.
Os holandeses foram sucessivamente derrotados. Numa faixa que ficou conhecida por Nova Holanda, que ia do Recife a Itamaracã, os invasores holandeses começaram a sofrer a falta de alimentos, o que os levou a atacar plantações, nas vilas de São Lourenço, Catuma e Tejucupapo.
Em 24 de Abril de 1646, deu-se a famosa batalha de Tejucupapo, onde mulheres camponesas, armadas de utensílios agrícolas e armas leves, expulsaram os invasores, definitivamente.
O facto histórico consolidou-se como a primeira importante participação militar. de mulheres, na defesa do território brasileiro.

Daniel Costa





7 comentários:

  1. Que linda postagem, amei ler amigo Daniel, conheci Olinda em uma única visita, isto é, vi só um pouco dessa linda cidade!Preciso voltar e rever o que já vi e conhecer bem mais!
    Abraços bem apertados meu amigo culto, que alegria que é poder te ler!

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  2. Pois é, meu amigo Daniel: Olinda por ser uma cidade muito rica era cobiçada por todos. Gostei de ler a história de como os pernambucanos se livraram dos holandeses. Gostei principalmente quando conta "Em 24 de Abril de 1646, deu-se a famosa batalha de Tejucupapo, onde mulheres camponesas, armadas de utensílios agrícolas e armas leves, expulsaram os invasores, definitivamente." Valentes!
    Uma boa semana.
    Beijos.

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  3. Caro Daniel, essa é a nossa bela Olinda, de gente alegre, berço de muitos talentos musicais e de pintores. Parabéns.
    Grande abraço.
    Pedro.

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  4. Olinda como o nome diz deve ser mesmo linda, belas fotografias.
    Um abraço e boa semana.
    Andarilhar

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  5. OLinda cidade bela...ou não fosse ela Brasil descoberto por "Pedro Alvares Cabral no ano de 1500, sempre ouvi dizer e estudei isso... e nunca pelos espanhois.
    Mas não importa Daniel, o Brasil é bonito!! É dos brasileiros... eu sou portuguesa, mas tenho muitas amigas no Brasil e família...adoro o Brasil por que é lindo. Abraço amigo e obrigada pela sua visita .
    http://poemasdaminhalma.blogspot.pt/

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  6. OLinda cidade bela...ou não fosse ela Brasil descoberto por "Pedro Alvares Cabral no ano de 1500, sempre ouvi dizer e estudei isso... e nunca pelos espanhois?..
    Mas não importa Daniel, o Brasil é bonito!! É dos brasileiros... eu sou portuguesa, mas tenho muitas amigas no Brasil e família...adoro o Brasil por que é lindo. Abraço amigo e obrigada pela sua visita .
    http://poemasdaminhalma.blogspot.pt/

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  7. O Brasil é um país continental, tão diversificado, tão rico na sua história, na colonização, na sua arte, no nosso idioma com vários sotaques, em nossas tradições, no regionalismo de cada Estado que quando viajamos do sul para o norte temos a sensação que estamos num país diferente.
    Parabéns pela matéria e sensibilidade, Daniel. E por você gostar tanto do Brasil!
    Beijo, amigo.

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