
CLUBE DE SWING
O Inspector passou o dia no seu escritório de Lisboa, entre E-Mail’s e telefonemas, a resolver os vários casos pendentes.
Enquanto isso, andou sempre meditativo, em relação ao caso Vanessa.
Haveria mesmo motivo, para a sua preocupação?
Do modo, como ela expusera, tudo dava a entender que sim, mas sua visão inicial, nada de estranho notara.
Porém,
se necessário, procederia a mais verificações, do comportamento de
Adolfo, no Europa Bar, onde pelos vistos, ia todas noites.
Decidiu portanto, também marcar ali afincada presença, com o fim de trazer bem vigiada a possível presa.
Olavo jantou e disse a Vera, que ia tomar café com o seu Licor Beirão, no Europa Bar, onde podia regressar tarde.
Logo após saiu.
Ao entrar no espaçoso Bar de diversão e reunião nocturna, nada de Adolfo, apesar de já ali se encontrarem amigos seus.
Olavo foi tomado o café e bebendo, calmamente o licor, sempre observando e meditando.
Passado um certo tempo, viu entrar Adolfo, acompanhado por uma elegante mulher.
Como é evidente, com descrição, já não desviou os seus sentidos deles.
Verificou, terem escolhido mesa, de modo a ficarem a sós.
Ali fizeram o seu consumo, enquanto conversaram, depois meteram-se no carro e zarparam.
Olavo muito atento, seguiu-os à distância, também no seu carro evitando ser notado.
Numa zona, perto da Sé de Lisboa, pode dizer-se no espaço, entre a Baixa Pombalina e Alfama.
Adolfo estacionou o carro e ambos saíram. Alguém veio entreabrir, espreitou e sem franquear mais a porta, fez sinal para para que entrassem.
Como não lhe pareceu moradia, Olavo ficou como que petrificado.
Depois, suspirou e ali perto, num café, com o seu jeito, veio a saber que um Clube de Swing ali funcionava.
Adolfo estacionou o carro e ambos saíram. Alguém veio entreabrir, espreitou e sem franquear mais a porta, fez sinal para para que entrassem.
Como não lhe pareceu moradia, Olavo ficou como que petrificado.
Depois, suspirou e ali perto, num café, com o seu jeito, veio a saber que um Clube de Swing ali funcionava.
A Baxa Pombalina, é uma
reconstrução de 1755, pelo Marquês de Pombal, após o célebre terramoto,
de 1 de Novembro, desse ano, que devastou Lisboa, assim como várias
localidades, nomeadamente no Algarve.
O terramoto, mais marmoto, que pela sua grande intensidade, interessou bastantes filósofos europeus.
Visto Olavo ter de rever a estratégia em relação a Adolfo, foi pensando, na vizinha e vetusta Sé de Lisboa.
Apesar de se situar, na encosta, foi bastante atingida pelo sismo.
A
Sé de Lisboa, inicialmente designada, por Igreja de Santa Maria Maior,
mandada erigir pelo rei D. Afonso Henriques em 1150, três anos após ter reonquistado aos mouros, o que viria a ser capital de Portugal.
Foi construída no local de uma antiga mesquita, para o primeiro bispo de Lisboa, o cruzado Inglês, Gilbert de Hasting.
No século XV, três terramotos, assim como o de 1755, foram muito inclementes para a Matriz de Lisboa.
Ao que tudo indica, construída sobre a antiga mesquita Muçulmana, o primeiro impulso de edificação da Sé de Lisboa deu-se entre 1147, data da reconquista da cidade, aos primeiros anos do século XIII.
No projecto, foi adoptado um esquema idêntico ao da Sé de Coimbra.
A
Sé de hoje é uma mistura de estilos, com a fachada e as duas torres
sineiras ameadas e a esplêndida rosácea, a manterem sólido aspecto
romântico.
Curioso, ainda hoje se pode ver a pia baptismal, onde foi baptizado Santo António.
Possuindo
a Sé Catedral, bastantes tesouros, a peça mais preciosa é a arca que
contém os restos mortais de S. Vicente, padroeiro da cidade.
Os mesmos foram transferidos do Cabo de S. Vicente, para Lisboa em 1173.
A lenda reza, que dois corvos sagrados mantiveram uma vigília permanente sobre o barco que transportava as relíquias.
Os corvos e o barco tornaram-se o símbolo da cidade de Lisboa.
Daniel Costa