
NAU DOS CORVOS
Passados os dias em Angra dos Reis, de antemão previstos, como um casalinho de apaixonados, em Lua-de-Mel.
Vera e Olavo voltaram a Lisboa.
Só na tarde do outro dia este, voltou ao seu escritório e ali foi pondo em ordem o expediente.
Ao outro dia o casal deslocou-se à cidade piscatória de Peniche, ver do caso de Bernardo.
Peniche é uma cidade, cosmopolita, derivado a ser um dos maiores portos de pesca de Portugal.
Distando, apenas cerca de cem quilómetros de Lisboa, Olavo programou sair da capital com a sua Vera, para chegar na hora do almoço.
Estudando o roteiro gastronómico da cidade, muito rico em peixe, já levava na mente, almoçar no típico restaurante, situado no Cabo Carvoeiro.
Com o seu JPS, à entrada principal do que resta das muralhas da cidade, da península, sob um arco, as coordenadas deram a estrada marginal a passar a norte.
No sítio, que veio a saber denominar-se Papoa, Olavo e esposa, curvaram-se, perante uma cruz a assinalar um antigo naufrágio de um cargueiro espanhol, cujas vítimas ali ficaram sepultadas.
Dali seguiram sempre até ao Cabo Carvoeiro, a seguir o rochedo, que se domina precisamente, Nau dos Corvos, que inspirou a designação do restaurante.
A Nau dos Corvos, é um rochedo, a vista do arquipélago das Berlengas, zona protegida pára as espécies de fauna ali existentes.
Caracteriza-se por ali poisarem muitos corvos.
Depois o restaurante, é encimado por um miradouro, de uma panorâmica marítima e do arquipélago, inolvidável.
Depois destas sensações o almoço no restaurante!
Da ementa, mais de pratos regionais, a caldeirada foi o preferido.
Esta estava com maravilhoso sabor, no encontro de opiniões gustativas, diria cúmplices entre Olavo e Vera.
Segundo esta, além de variadas espécies de peixes, como tamboril, safio raia, não faltava o sabor da navalheira, um crustáceo com sabor muito fino a maresia.
Apenas do tomate se sentia o sabor.
Em suma um almoço divinal!...
O ambiente era como o de um restaurante de navio de cruzeiro, como a flutuar em pleno oceano, já que este abrange as suas vistas e se debruça sobre o mar.
Depois do agradável almoço, o casal desceu a escadaria, construída na rocha, com bastantes degraus até ao mar, que se apresentava tranquilo.
Vários pescadores desportivos com quem conversou, ali estavam no seu exercício lúdico.
Foram estes que o informaram, a designação das escadas serem as de Pilatos.
Depois voltou pela marginal sul com arribas, sempre com um deslumbrante panorama.
Até que entrou na Avenida do Mar.
Para verificar um certo ambiente, dos bares existentes naquela artéria, nas proximidades do cais e muito concorrida, optou pelo bar “Java”.
O principal motivo que levava Olavo, a Peniche era, investigar o que se passava, realmente, com Rosália.
O jeito cordial que o inspector tem para se insinuar, levou a que o casal ao lado, os convidasse a estarem na sua mesa e conversarem melhor entre si.
Foram entabulando conversação!...
Estava estabelecido já, um à vontade amistoso.
Olavo conduziu a conversa para o que lhe dominava o espírito:
- Infidelidades!...
Veio então a saber que, Rosália era muito vista com o viúvo Amaral, Armador e gestor de sete traineiras de pesca, como, o amigo de mesa Abel, era de três.
Acontece esde que o marido, Bernardo, fora para o Brasil.
Olavo pensou que tinha acertado em escolher o Bar “Java”.
Ficando de no dia seguinte estar ali, com Vera, regressou a Lisboa.
Daniel Costa