
UMA RENDIÇÃO
No dia seguinte, já Olavo tinha recebido nova chamada da cidade de Nova Lima, próxima da majestosa Belo Horizonte, capital do Distrito de Minas Gerais.
Era duma mulher chamada Mirta. Combinaram encontro para o dia seguinte, na sua cas em Nova Lima.
Exactamente nesse próprio dia o encontro estava marcado com Cleusa no bar Devassa, no Rio de Janeito.
À hora marcada, a Cleusa apareceu, com a identificação devida como o combinado.
Olavo, na sua qualidade de anfitrião, indicou-lhe uma cadeira. De seguida solicitou um suco, como ela desejava.
Era uma mulher ainda nova e bonita, divorciada, agora namorada e a viver com o Emenson.
Ele inspector da famosa Petobrás, com deslocações a várias cidades, por dever de ofício, normalmente estas eram de um dia e na área da cidade maravilhosa.
Porém ultimamente, sobretudo, quando ia a Belo Horizonte, passara a demorar três dias.
Cleusa dera em crer, já não ser só e vendo a comunicação do Olavo, num dos jornais, logo pensara em contratar os seus serviços.
Era para o que estava ali!
Olavo, depois de ouvir a história, dado o facto do Nova Lima ser cidade periférica de Belo Horizonte, teve como que uma premonição:
- O contacto de Mirta, não diria respeito ao mesmo Inspector?
A sua sagaz imaginação, fê-lo ser muito inconclusivo, com o caso de Cleusa.
Disse-lhe precisava meditar, sobre o assunto e solicitou novo encontro, no mesmo local, para daí a três, ao que ela aquiesceu.
No dia a seguir embarcou no avião para Novo Horizonte e daí, de táxi, dirigiu-se a Nova Lima. Foi mesmo o condutor a dirigir-se à Rua onde morava Mirta, o número da porta tinha Olavo.
Mirta não mostrou qualquer preconceito e franqueou-lhe logo a porta.
Estava a chegar a hora do almoço, só então Olavo, olhando para o relógio reparou.
Fez tensão de se retirar para a refeição, num restaurante de jeito, que encontrasse. No que foi de imediato desencorajado a fazer.
A mulher ofereceria a refeição e juntos, no repasto iriam falado das suas preocupações.
Assim aconteceu! Afinal tratava-se mesmo do Emenson, que dizia namorar há uns tempos, sem saber do seu sério, outro namoro.
Ao saber, a princípio ficou abalada, depois recompôs-se.
Acabado o almoço, convidou Olavo a sentar-se. Serviria Wisque para ambos.
Olavo aquiesceu, desde que posse uma pequena porção.
Não tardou muito que ela não o rodeasse de mimos, foi-o enfeitiçando e ele deixando-se enlear nos laços amorosos que se lhe estendiam.
Depois… depois… era tarde para regressar ao Rio de Janeiro.
Ela, de propósito, tinha-o prendido.
Já não o deixou sair só, convidou-o tomar um café, depois jantaria e dormiria com ela, seria um prazer.
Olavo aceitou, perante a promessa de terminar com Emerson, o que foi aceite.
Contudo, em troca, na próxima ficaria com ele no seu apartamento de Angra dos Reis, e cada vez que ele estivesse lá.
Não, não estava enganada, já sabia que Olavo era casado, mas no Brasil seria a sua querida mulher.
Mirta era uma mulher encantadora e, muito importante para Olavo, sabia conversar bem e com elegância.
Daniel Costa