CIDADE DE VITÓRIA DO ESPIRITO SANTO
Como
já foi dito, devido à constância de ataques de indígenas, de franceses e de
holandeses, a capital da capitania, fundada em 8 de Setembro de 1551, foi
mudada para a Ilha de Santo António (a que o índios chamavam Ilha de Guanaani),
Só
posteriormente, a cidade teve o seu nome mudado para Vitória, em memória da
grande vitória obtida por Vasco Fernandes Coutinho, na batalha contra os índios
goitacás.
A cidade foi sendo construída nas partes altas, o
originou várias ruas estreitas. Como a parte de baixo foi sendo sujeita a
ataques, devido a isso, foram construídos vários fortes à beira mar.
Em 1592, os capixabas rechaçaram uma investida de
Ingleses, comandados por Thomás Cavendish.
Em 1625, o donatário Francisco Aguiar Coutinho,
enfrentou a primeira investida dos holandeses, que Pieter Pieterszoon Heyn, comandou,
nela se destacou a heroína capixaba Maria Hortiz.
Em 1640, sete navios holandeses atacaram, novamente, o
Espirito Santo, comandados pelo coronel Koin. Conseguiram desembarcar 400
homens, mas foram repelidos pelo capitão-mor João Dias Guedes e não se fixaram
em Vitória.
Atacaram, então Vila Velha, onde também foram vencidos.
Diante de tão repetidos ataques, o governo colonial
resolveu destacar para Vitória, quarenta infantes da tropa regular.
Essa a capitania progride e Koin, captura duas naus
carregadas de açúcar que, atingidas pelo fogo de terra, acabam de ficar com a
carga avariada.
Nos primeiros tempos, esgotada a população, bem como a
incapacidade de dar seguimento à sua, ainda, incipiente agricultura, ameaçava
desertar da capitania. Também os recursos particulares estavam a revelar-se
insuficientes para manter empresa tão árdua, quanto onerosa.
Em 1627, morreu Francisco de Aguiar Coutinho, cujo
sucessor, Ambrósio de Aguiar Coutinho, desinteressou-se do senhorio e continuou
como governador nos Açores.
Sucederam-se capitães-mores, com sérias e frequentes
divergências entre eles e os oficiais câmara.
Em 1667, António Luís Gonçalves da Câmara Coutinho,
último descendente do primeiro donatário, conseguiu a nomeação para capitão-mor
de António Mendes Figueiredo, governante operoso e estimado.
Em 1674 deu-se a compra do território ao último
donatário da família Câmara Coutinho, pelo fidalgo baiano, Francisco Gil de
Araújo, por quarenta mil cruzados que, carta régia de 18 de Março de 1675
confirmou.
O objectivo do novo donatário com a compra da
capitania: o descobrimento de “pedras verdes” – esmeraldas saiu frustrado. Está
menos nos resultados, que na dinamização do interesse pela área com um maior
conhecimento do interior.
Entre as expedições mais destacadas, contam-se as de Diogo
Martins Cão, 1596, Marcos de Azevedo, 1611 e Agostinho Barbalho de Bezerra,
1664, que exploraram as imediações do rio Doce.
Francisco Gil de Araújo fundou a vila de Nossa Senhora
de Guarapari e construiu os fortes do Monte do Carmo e de São Francisco Xavier.
O de São João que, encontrado em ruínas foi reconstruído.
Daniel Costa
A cidade de Vitória. Muito bela e cheia de História. Obrigada, Daniel por mais esta lição.
ResponderEliminarUma boa semana.
Beijos.
Graças por tanta informação sobre o Brasil
ResponderEliminarBeijinho