AMAZONAS E O TRATADO DAS
TORDESILHAS
Amazonas
foi o nome originalmente, dado pelo espanhol, Francisco Orellana, ao rio que
banha o estado, quando desceu todo o seu comprimento, em 1541.
Afirmando ter encontrado uma tribo de índias guerreiras, com que teria lutado,
associando-as as amazonas da mitologia grega, deu-lhe o nome de “Rio de las Amazonas”.
Pelo
Tratado das Tordesilhas, celebrado em 7 de Junho de 1494 entre o Reino de
Portugal e a Coroa de Castela, com o fim de dividir as terras “descobertas e a
descobrir”, por ambas as Coroas fora da Europa, que definia como linha de
demarcação, o meridiano 370 léguas a oeste da ilha de Santo Antão, no
arquipélago de Cabo Verde, todo o vale amazónico se encontrava nos domínios da
Coroa espanhola.
Foi
assim que, a foz do rio Amazonas foi descoberta por Vicente Yáñez Pinzón,
navegador espanhol que a alcançou em Fevereiro de 1500, seguido de seu primo
Diego Lepe em Abril do mesmo ano.
Em
1541, outros espanhóis, Gonzalo Pizarro e Francisco de Orellana, partindo de
Quito, no actual Equador, atravessado a cordilheira dos Andes exploraram o
curso do rio até ao Oceano Atlântico.
A
viagem, que durou de 1540 a 1542, relatada pelo frei dominicano, Gaspar Carvaial,
este afirmou, realmente, que os espanhóis lutaram com mulheres guerreiras, as
icamiabas, designação genérica que, segundo o folclore brasileiro, mulheres que
formariam uma tribo de guerreiras, nas margens do rio disparam-lhe flexas e
dardos de zarabatanas.
Ainda
no século XVI, os espanhóis realizaram outra expedição similar à de Orellana. Pedro
de Ursua, vindo do Perú, também navegou o Amazonas, 1559-1561, em procura do
lendário Eldorado.
Ursua
foi assassinado no caminho e a expedição, comandada por Lopo Aguirre,
prosseguiu tendo chegado ao oceano em 1561.
Como
resultado, os espanhóis, cientes das dificuldades em conquistar tão vasto
espaço, decidiram adiar a tarefa de coloniza-lo.
Quase
de imediato, os Ingleses e holandeses que disputavam o domínio das Américas aos
ibéricos, entregaram-se à exploração do Amazonas, lançando ai as bases de
implantações coloniais, através do levantamento de feitorias e pequenos fortes,
chamados “drogas do sertão”, em 1596, ainda assim a região não tinha uma
ocupação efectiva.
Até
ao segundo decénio do século XVII, quando os portugueses começaram a
ultrapassar os limites das Tordesilhas, as companhias de Londres e Flessigen,
promoviam activo comércio de madeiras e pescado, iniciando mesmo plantios de
cana-de-açúcar, algodão e tabaco.
Os
governos passaram a dar, abertamente, estímulos à empresa.
Robert
Harcourt obteve carta-patente de Jaime I da Inglaterra, em 1612, para explorar
o território do Amazonas.
Foi só, em 1580 – 1640, durante a Dinastia
Filipina, que a Coroa hispano-portuguesa se interessou pela região, com a fundação
de Santa Maria das Graças do Grão-Pará (actual Belém) em 1616.
Dignas de registo, são as expedições do
Capitão-mor, da Capitania do Grão-Pará e Cabo, Pedro Teixeira, que percorreu o
grande rio, do Oceano Atlântico, até Quito, com 70 soldados e 12.000 indígenas
em 47 canoas grandes (1637-1639) e logo de seguida a de António Raposo Tavares
cuja bandeira, saindo da capitania de São Vicente, atingiu os Andes. Retomando
o rio Amazonas, percorreu, cerca de 12.000 Km. Entre1648 e 1651.
Ao virar o século XVII, o domínio português ia-se
consolidando.
Daniel Costa
Oi Daniel,foi muito bom ler sobre o Tratado de Tordesilhas
ResponderEliminarConfesso a você que eu muitas vezes na escola não entendia muito bem.rs
Bjs e obrigada pela visita.
Carmen Lúcia.
Excelente trabalho histórico deu para relembrar toda a nossa história com o Brasil e o celebre tratado das Tordesilhas que foi em Setúbal palco da ratificação do Tratado de Tordesilhas, em 5 de Setembro de 1494 pelo rei D. João II no Mosteiro de Jesus.
ResponderEliminarUm abraço e boa semana.
Andarilhar
Eu não sabia a origem do nome do rio Amazonas. E foi bom lembrar aqui o tão célebre tratado de Tordesilhas.
ResponderEliminarUma boa semana, Daniel.
Beijos.
Ah belo trabalho Daniel! Grande abraço!! Beijo!
ResponderEliminarOlá mestre,um belo trabalho de pesquisa para esta curiosa origem.Eu gosto muito de histórias e estas pesquisas engrandecem ainda mais as informações de um tempo de muita luta e bravura para descobrir e habitar o mundo desconhecido.Penso que hoje os alunos nem estudam mais sobre o Tratado de Tordesilhas, será?
ResponderEliminarMeu terno abraço mestre.
Pesquisa e texto dignos de um TCC!
ResponderEliminarParabéns, Daniel!
Somente um reparo, o termo correcto não é "tratado das Tordesilhas", como referido no texto, mas sim Tratado de Tordesilhas. Ficando assim conhecido, por ter sido assinado na localidade castelhana de Tordesilhas (Tordesillas, em castelhano), actualmente, um dos municípios da província de Valladolid, em Espanha.
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