CRIAÇÃO DA CIDADE DE SÃO PAULO
Como aqui já foi anotado, em
1532, Martim Afonso de Sousa, fundou no litoral paulista a primeira vila
brasileira.
Ficando donatário desta, incentivou a ocupação da região e outras vilas foram nascendo nesse
litoral.
Poucos anos depois, vencida a
barreira, que a serra e o mar representavam, os colonizadores vão avançando
pelo planalto Paulista.
Interessado no
estabelecimento de um local onde pudesse catequisar os índios, afastados da
influência dos homens brancos, o padre Manuel da Nóbrega, superior da Companhia
de Jesus no Brasil, observou que uma região próxima, localizada sobre um
planalto seria o ideal, o então chamado Piratininga.
Em 29 de Agosto de 1553
aquele missionário, ordenou 50 catecúmenos, entre os nativos, aumentando assim
o estímulo para fundar um colégio jesuíta no Brasil.
Não obstante, a procura da
catequese sem a influência de colonos fosse um objectivo, o que precipitou a
mudança para o planalto, foi a necessidade de resolver o problema da
alimentação dos naturais que estavam a ser doutrinados, como veio a afirmar o
padre José de Anchieta.
Ainda em 1553 João Ramalho, explorador português, já
a morar no planalto, casado com a índia Bartira esta, por
sua vez, filha do cacique Tibiriça, chefe da tribo dos Guaianases, estava
apto a intermediar os interesses portugueses junto dos indígenas.
É a 25, de Janeiro de 1554, dia
em se comemora a conversão do apóstolo Paulo, que os jesuítas erguem um
barracão de taipa de pilão, numa colina alta. O padre Manuel Paiva celebra a
primeira missa nessa colina.
A celebração marcou o início
da instalação dos jesuítas no local e entrou para a história como o da criação
da cidade de São Paulo.
Dois anos volvidos, os padres
ergueram uma igreja, a primeira edificação duradora do povoado.
Em seguida criaram o edifício
do colégio, assim como o pavilhão com os aposentos.
Em redor do colégio, foi-se
formando uma pequena povoação de índios convertidos, jesuítas e colonizadores.
Em 1560, a população do
povoado seria expressivamente ampliada, quando, por ordem de Mem de Sá,
governador-geral da colónia, os habitantes da vila de Santo André da Borda do
Campo, foram transferidos para os arredores do colégio.
A vila foi extinta, sendo e o
novo núcleo populacional elevado à categoria, com o nome de “Vila de São Paulo
de Piratininga.
No mesmo ano, por acto régio
foi criada a sua Câmara Municipal, então designada “Casa do Conselho”.
Foi provavelmente, nesse
mesmo ano de 1560 que foi criada a “Confraria da Misericórdia de São Paulo”, a
actual Santa Casa da Misericórdia.
Ainda em 1562, incomodados
com a aliança entre gaianases e portugueses, os índios tupinambás, unidos na Confederação
dos Tamoios, lançam uma série de ataques contra a vila, a 9 de Junho, dando
lugar ao Cerco de Piratininga.
A defesa, organizada por
Tibibiçá e João Ramalho, obsta a que que os tupinambás entrem em São Paulo, tendo
sido obrigados a recuar logo no dia seguinte.
Na eminência de novos ataques,
ainda em 1590, com as necessárias obras de defesa, em meio desse ambiente de
incertezas a prosperidade era impossível.
Na viragem do século XVII, a
situação acalma e então, vai-se consolidando o povoamento.
Daniel Costa
Que lindo seu texto e homenagem a nossa linda cidade de São Paulo.
ResponderEliminarBjs Daniel.
Carmen Lúcia.
Oi Daniel!
ResponderEliminarEstou de volta, bem, e saudosa dos amigos!
Como sempre, com belas riquezas por aqui.
Agora, com nosso estado maravilhoso!
Obrigado por tudo.
Abração,
Mariangela
OI DANIEL!
ResponderEliminarUM TRIBUTO AO BRASIL E A BELA CIDADE DE SÃO PAULO.
ABRÇS
http://zilanicelia.blogspot.com.br/
É com todo o gosto que leio as suas crónicas. Esta sobre a criação da cidade de São Paulo é muito interessante e pedagógica.
ResponderEliminarBeijos, Daniel.
Muito interessante, eu desconhecia por completo os pormenores da fundação de São Paulo.
ResponderEliminarBoa semana, abraço.
Daniel, que lindo isso, minha Sampa, amei ler aqui, sabe, eu adoro São Paulo Capital, onde moro, mas estou planejando com meu marido, em quem sabe nos mudarmos para o litoral, já tive uma casa de praia em Itanhaém, no centro histórico, adoro lá, tem um lugar lindo onde Anchieta caminhou, até tem uma bela pedra com formato de cama, (cama de Anchieta) pode pesquisar!
ResponderEliminarAdorei ler aqui, sou paulista paulistana que ama São Paulo!
Abraços apertados!