MARANHÃO – INICIO DA
COLONIZAÇÃO DO TERRITÓRIO
Instalado no seu apartamento
do Hotel Tropical Tambaú, junto à Av. Almirante Tamandré, na cidade de João
Pessoa, construído nas próprias areias da praia de Tambaú, Teodósio de Mello
pensava sobre a saga dos muitos marinheiros do século XVI e seguintes que por
ali passaram.
Em verdade, ele estava a
viver muito próximo da Ponta do Seixas, a parte mais ocidental das Américas
onde o sol nasce mais cedo, bem mais cedo.
Era manhã cedo e estava à
vista de espectacular sol nascente, no Atlântico Sul, que banha terras da
Paraíba e consequentemente a sua capital João Pessoa, quando a sua bela Samira
se lhe veio juntar.
Bem juntinhos, e como já por
hábito, trocaram impressões a propósito do empreendimento do marido,
escalpelizando mais sobre a chegada de portugueses a terras do que é hoje o
imenso Brasil, provendo depois a sua aculturação.
De facto um feito gigantesco
que nunca será de mais realçar, em vez de menosprezar a raça deste povo, como
continua a ser, simplesmente feito vendo as coisas à luz do presente,
erradamente, é de crer.
Tudo tem um tempo, é no século
XVI a abertura ao mundo de algumas rotas desconhecida, por grandes homens
portugueses de então.
É feito de assinável grandeza!
A conversa entre Teodósio de
Mello e Samira, entretanto, abordou o Maranhão, talvez um dos Distritos do
Brasil, mais difíceis de anexar, devido a interferências de franceses e depois
de holandeses, com quem foram travadas grandes lutas, para os expulsar
definitivamente.
Não há relatos exactos sobre
as primeiras expedições na costa maranhense. Contudo, há a crença que, em 1500,
o espanhol Vicente Yáñez Pinzón, já navegou por toda a costa norte do Brasil.
Essa viagem de Pizón, teve
origem em Pernambuco com destino à foz do rio Amazonas. No meio da vigem o
navegador espanhol, já atravessou o litoral do Maranhão.
Em 1519 o cartógrafo
português Lopo Homem traçou o mapa Terra Brasilis. Nesse aparecem escritos
nomes de acidentes geográficos da costa maranhense.
A partir de 1524, os
franceses começaram a frequentar o litoral do Maranhão. Frequência explicada,
por o litoral do Maranhão ter sido esquecido pelos portugueses.
No ano de 1531, Martim Afonso
de Sousa, tendo sido o comandante da primeira expedição que começou a colonizar
a região, o militar e nobre português exigiu que Diogo Leite fosse responsável
pela exploração do litoral norte.
Diogo Leite da foz do rio
Gurupi. Que na actualidade divide os Estados do Maranhão e do Pará.
A divisa entre os actuais
estados do Brasil ficou, por muito tempo conhecida como “abra de Diogo Leite”.
Em 1534, quando não tinham
colonizado o Maranhão, D. João III, dividiu a Colónia em Capitanias
Hereditárias.
Um ano depois o monarca de
Portugal concedeu a terra a três fidalgos da sua confiança, João de Barros,
Fernando Álvares de Andrade e Aires da Cunha. Os primeiros idealizaram o seu
plano para a tomada de posse da Capitania.
Estes dois donatários
encarregam a execução a Aires da Cunha que partiu para o Brasil no mesmo ano da
doação. Durante a viagem, com dez veleiros, 900 homens de armas e 130 a cavalo,
nas costas maranhenses a frota, devido a temporal violento, afundou tendo
falecido o capitão, como a maior parte dos integrantes.
Entretanto, os sobreviventes
fundaram um núcleo de povoamento, a que denominaram Nazaré, passando a explorar
o terreno através dos acidentes geográficos fluviais. Acresce, que os indígenas
em nada favoreceram essa ocupação.
Do núcleo não restou nada, quando
a povoação foi destruída, os portugueses abandonaram-na.
Em 1539, outro fidalgo
lusitano, de seu nome Luís de Melo da Silva, que também teve o seu navio
afundado no litoral maranhense, retornando a Portugal em 1554.
João de Barros, em 1555,
mandou os seus descendentes João e Jerónimo, para a sua donataria.
Naquela época os franceses já
tinham entrado ali. De acordo com a narrativa que Jerónimo dirigiu ao seu
monarca, estiveram na capitania 17 naus de franceses, estes já tinham
edificado, com materiais de construção da época - Casas de pedra - E, claro, fazendo comércio
com os indígenas.
Daniel Costa
Não conheço o Maranhão,mas deve ser lindo!
ResponderEliminarParabéns Daniel por nos compartilhar.
Bjs-Carmen Lúcia.
Oi Daniel, que postagem maravilhosa, como todas as outras.
ResponderEliminarO Brasil é lindo demais,e eu preciso conhecer ainda, vários lugares
que não conheço!
Obrigado pelo visita, e feliz dia do amigo!
Abraços!
Mariangela
Como você explica bem, Daniel, a nossa história, tão comum à do Brasil, nesse tempo...
ResponderEliminarGostei muito de o ler.
Um beijo.
Amo História do Brasil, conheci o Sul, Centro Oeste, Nordeste só até Pernambuco (Porto de Galinhas), preciso subir mais um pouco e ir nas cidades turísticas ao Norte que conheci só Manaus por enquanto,mas que é fantástico poder ler aqui isso é, me incentivou e despertou curiosidade!
ResponderEliminarAbraços apertados amigo Daniel, nossa, gostas mesmo do meu Brasil!!!Eu também!!!