CASAL DO FOZ A TERCEIRA LENDA

Sem duvida, o Brasil é o País do futuro. Há apenas, de não se adiar esse futuro.

domingo, 25 de julho de 2021

CAMINHO SEM SOMBRA

 

CAMINHO SEM SOMBRA

 

Ocorria a Segunda Grande Guerra, a que a garotada era alheia, nem sabia do evento, nem sabia que ainda de belicismos que, por norma, estão latentes em todas as civilizações. 

Três garotos, assim se encontraram nos seus tempos de brincadeiras, no Casal Foz e como se sabe, é próprio da idade, saberem programar o seu colectivo entretém.

Foi assim que, Luís, Nela e Daniel, inventaram a aventura de percorrer o então, caminho de trás, que podia ser alternativa a chegar até ao Casal do Veríssimo,

Assim ia acontecendo, num andar descontraído e descomprometido, com o investigar a rota, por onde se processava a caminhada.

A certa altura, surgiu, uma espécie de valado, como de com alguns árbutos de matagal. O que mais havia era murta, com seus frutos, os bravos e roxos murilos maduros.

A certa altura, a brincadeira passou a constituir na apanha dos pequenos frutos e deglutir neles. O caminho, de terra calcária, de terra batida, era de lavradores e pastores. Por ali havia passado, imediatamente antes, um pastor, a guiar um rebanho de cabras, que ao longo do caminho, ia deixando as suas fezes.

O Luís, o mais crescido sugeriu à Nela que aquilo eram também os frutos da murta, comestíveis portanto e vai daí, esta já ia levar excrementos à boca, do que foi imediatamente impedida de o fazer.

Temos de ver que os garotos, eram ainda muito inocentes, descuidados portanto e percorreram, todo o caminho paralelo, à estrada, que vai dar a Peniche.

Pararam exactamente no sítio designado, Cruz da Légua, então o Luís, o mais velho, contou o lendário significado do local e do nome.

Lenda, que para sempre ficou; Cruz da Légua, porque ficou a marcar, as duas léguas do meio caminho e entre os Remédios (Peniche) e o Carvalhal (Bombarral).

É que tinha havido ali o mítico e místico encontro, entre a Senhora dos Remédios e o Senhor Bom Jesus do Carvalhal.

Isto era apenas o que Luís sabia contar, por ouvir dos adultos.

Porém, se aqueles netos do Zé da Avó já fossem crescidos intuiriam que que já ali se podia anotar uma terceira lenda, que dava pelo nome de Casal do Foz, virá a redundar em Alto do Foz.

No seu eu, já vegetativo Zé da Avó, intuiu que já tudo era lendário, o que  as lendas da Cruz da Légua, já tinha transmitido ao neto Luís que sendo, de facto seu neto, já que era fruto da sua filha Maria, casada com o enteado José Miguel.

Na verdade ambos, filha e enteado, foram criados junto, pela sua segunda mulher Jesuina.

Daniel Costa

 

 

 

 

 

 

 

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