CABO FRIO E ARMAÇÃO DE BÚZIOS
Desmontou-se
a Fortaleza de Santo Inácio e em simultâneo a construção do Forte de São Mateus,
com o término em 1620.
Estêvão
Gomes, velozmente, deu início à distribuição de terras a amigos apadrinhados e
influentes, em favorecimento da formação de latifúndios.
Já em
1617, Estêvão Gomes, apoiara a criação da Aldeia de Índios de São Pedro do Cabo
Frio, pelos jesuítas, que abrigou quinhentos tupiniquins catequizados,
objectivamente, para evitar desembarques inimigos europeus.
Em
1617, 1618 e 1630 a guarnição de fortaleza, integradas pela infantaria indígena
derrotam tentativas de desembarque Inglês e holandês, abrindo portas à
elevação, em 1619, da cidade à sede da Capitania Real do Cabo Frio, com a
conquista do norte fluminense e a submissão, em 1631, dos índios goitacazes.
Jesuítas
e beneditinos, estabeleceram fazendas de gado, onde africanos e índios
catequisados trabalhavam e se dedicavam à agricultura e pesca.
O
jesuíta João Lobato, cerca de 1617, manda vir assentar quinhentos índios
tupinambás do Espirito Santo, na ponta de Jacuruna, onde fundou a aldeia de São
Pedro.
O
governo da Metrópole, em 1619, criou a Capitania Real de Cabo Frio, ficando esta,
directamente dependente da autoridade colonial da Bahia, independente da do Rio
de Janeiro.
Entretanto
os índios tupinambás, de São Pedro, destruíram algumas aldeias goitacazes. Então
os portugueses, do Espírito Santo, aniquilaram-nos de forma cruel.
Como
os jesuítas, com a região desimpedida, com a sua visão aguçada e apurada,
passaram a exigir duas sesmarias à capitania do Rio de Janeiro e logo
atendidos. Sendo estas localizadas entre os rios Ostras e o Macaé.
Visavam
assim, mais uma vez, a criação do gado e a agricultura. O relativo sucesso da, colonização
rural, da capitania, contrastava com o urbano que impedia novos investimentos
em Cabo Frio.
Os
primeiros pescadores que se radicaram na região, entre 1620 e 1630,
retiraram-se e procuraram melhor vida nas barras dos rios Macaé e Paraíba do
Sul.
Inviabiliza-se
a cidade de Cabo Frio, em virtude da barra de navegação estar semi – entupida e
a fortaleza sem armamento e sem guarnição.
A
crise do sal português, entre 1560 e 1660, que estava a faltar no Brasil,
chamou a atenção da metrópole, para a sua cristalização natural, a fazer na
Lagoa de Araruana.
Com
essa, foi dado impulso à economia e um novo centro urbano foi erguido junto a
actual Praça Porto Rocha, tendo-se rasgado a rua Direita (Érico Coelho).
A
Igreja de Nossa Senhora da Assunção e o da Câmara e da cadeia, que formavam o
Largo da Matriz, onde ficou o pelourinho.
Cerca
de 1660, as condições geo – políticas ajudaram a facilitar o retorno de
investimentos à cidade de Cabo Frio.
José
Varella em 1663 foi reconduzido capitão – mor de Cabo Frio. A seguir, os frades
beneditinos receberam uma sesmaria urbana, dando origem ao bairro de São Bento.
Procurando
avivar os marcos da sesmaria recebida na cidade de Cabo Frio, para a construção
de um convento em 1620, dentro da área encontraram um forno de para fabrico de
cal entre outras benfeitorias.
Um ano
depois, em 1664, pedem mais terras para levantar as casas para os frades que
vêm povoar a cidade.
Em 1666 Bento
de Figueiredo assumiu as suas funções de vigário de Nossa Senhora da Assunção.
Trinta anos
depois, em 1696, os religiosos franciscanos inauguraram o Convento de Nossa
Senhora dos Anjos, próximo à Fonte de Itajuru, consolidando o perímetro
histórico do novo centro administrativo Colonial.
Chegados ao
século XVII, o desenvolvimento urbano estancou novamente. Aponte-se dois
motivos; a aldeia de índios de São Pedro, de jurisdição dos jesuítas, de dois
mil habitantes, deixou de impedir o desembarque de inimigos em Búzios e por
isso, a maior riqueza dos colonizadores, a exploração das salinas naturais, foi
proibida terminantemente, embora a ordem não fosse cumprida.
O Forte de
São Mateus, já no início do século XVIII, foi guarnecido e rearmado, tendo a
defesa da capitania passado a contar com um terço de infantaria, além de um
regimento de cavalaria. A cidade de Cabo Frio expandiu-se.
A igreja de
Nossa Senhora da Assunção foi aumentada e construída a capela de Nossa Senhora
da Guia no Morro do Itajuru e a Igreja de São Benedito no Largo da Passagem.
Na cidade,
viviam cerca de mil e quinhentos habitantes em trezentas e cinquenta casas; cerca
de dez mil habitantes espalhavam-se pela capitania, metade era constituída por
escravos negros.
A expansão
urbana advinha de várias actividades económicas, exportadas para o Rio de
Janeiro, pela barra do Araruama.
Em Armação de
Búzios entre 1720 e 1770, caçavam baleias e manufactura-se o óleo.
Nas pescarias
de alto mar e no interior na lagoa capturava-se o peixe e o camarão.
Os Barreiros
e olarias eram produzidos tijolos e telhas, enquanto nas florestas se derrubavam
madeiras nobres.
Teodósio de
Mello, sempre pesquisando apenas o Brasil Colonial, por interessante, não
deixou de reparar num facto bem interessante, do século XX. É o facto de, em 1964
a Vedeta de “E Deus Criou a Mulher”, Brigitte Bardod, que então, namorava o
marroquino Bob Zagori, a viver no Brasil. Ambos se reuniram em férias em Armação
de Búzios.
A impressa
mundial fez-se representar em força, para reportar o facto da famosa vedeta
estar ali presente.
O grande
aparato, de toda esta presença, foi causa da enorme promoção do turismo da
zona, que as autoridades locais assinalam, erigindo uma estátua de homenagem à
artista.
Daniel Costa
Adorei ler Daniel,apesar de não conhecer Búzios,mas sei que é lindo de viver.
ResponderEliminarBjs-Carmen Lúcia.
Lindas as imagens. Gosto sempre de o ler.
ResponderEliminarUma boa semana.
Beijos.
Ainda não perdi a esperança de regressar ao Brasil
ResponderEliminarAbraço de Abril, sempre !