OLINDA CAPITAL COLONIAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO
Dominada
pela Espanha, na ocasião denominada União Ibérica, 1580 / 1640 a Holanda, tendo
conseguido a sua independência, vê em Pernambuco uma oportunidade para impor duro
golpe ao reino de Filipe IV de Espanha e III de Portugal.
Assim, a capitania de Pernambuco foi invadida pela Companhia das Índias Ocidentais,
visto aquele território ser então o maior em produção de açúcar da América portuguesa.
Foi a
26 de Dezembro de 1629 que, de Cabo Verde, partiu para Pernambuco, sob o comando
do almirante Hendrick Lonck, poderosa esquadra holandesa, de 67 navios com
cerca de 7000 homens, desembarcando na praia de Pau Amarelo. Em Fevereiro de
1630 conquistaram a capitania, estabelecendo ai o que designaram, a colónia de Nova Holanda.
Na
passagem do Rio Doce a frágil resistência, foi derrotada e sem grandes
contratempos, os holandeses invadiram Olinda.
Olinda era a cidade mais rica do Brasil
Colónia, o que se manteria, sendo que pouco antes de 1608, a cidade chegou a
ser referida como uma “Lisboa pequena”, quando os holandeses a saquearam,
destruíram e incendiaram, escolhendo o Recife para capital do Brasil Holandês.
Após a
insurreição Pernambucana, Olinda voltou a ser a sede da Capitania, porém
sem a influência anterior.
Mais antiga
das cidades brasileiras, declaradas pela UNESCO Património Histórico e Cultural
da Humanidade. Olinda foi o segundo centro histórico do país a receber o
título, em 1982, após Ouro Preto.
É considerada
uma das localidades coloniais melhor preservadas do Brasil.
Os
moradores em pânico fugiram como puderam. Alguns focos de contenção foram
eliminados, em pouco a capital Olinda e o seu porto, Recife, foram tomados, destacando-se
a bravura do capitão André Temudo em defesa da Igreja da Misericórdia.
Maurício
de Nassau, conde desembarcou na Nieuw Hollanda (Nova Holanda), acompanhado por
uma equipa de arquitectos e engenheiros, em 1637 e começa a construção de Mauritsstad
(Recife actual), que foi dotada de pontes, diques e canais, para vencer as
condições geográficas locais, que se lhe apresentavam.
O
arquitecto Pieter Post foi o responsável pelo traçado da nova cidade e de
edifícios como Palácio Friburgo, sede do poder de Nassau, nessa Nova Holanda.
Também
o observatório astronómico, tido como o primeiro do Continente Americano.
Em 28
de Fevereiro de 1644 foi ligada à Cidade Maurícia, com a construção da primeira
ponte da América Latina.
Durante
o governo de Nassau, Recife foi considerada a cidade mais cosmopolita das
Américas, tinha a maior comunidade judaica do continente, que à época construiu
a primeira sinagoga do novo mundo, a Kahal Zur Israel, assim como a segunda, a
Maquen Abraham.
Sendo
um dos mais importantes motivos, a causa próxima, a exoneração de Maurício de
Nassau, do governo da capitania, pela Companhia Holandesa das Índias Ocidentais,
o povo de Pernambuco, rebelou-se contra o governo do invasor.
Num
movimento denominada Insurreição Pernambucana 1645 / 1654, ou Guerra da Luz Divina,
em 15 de Maio de 1645, reunidos no Engenho de São João, 18 líderes insurrectos pernambucanos,
assinaram um compromisso para lutar contra o domínio holandês na capitania.
Com o
acordo assinado, inicia-se o contra-ataque. A primeira vitória importante
deu-se no Monte das Tabocas, onde 1200 homens armados de armas de fogo, foices,
paus e flexas, numa emboscada derrotaram 1900 holandeses, bem armados e treinados.
O
sucesso deu ao líder António Dias Cardoso, o apelido de Mestre das Emboscadas.
Os
holandeses foram sucessivamente derrotados. Numa faixa que ficou conhecida por
Nova Holanda, que ia do Recife a Itamaracã, os invasores holandeses começaram a
sofrer a falta de alimentos, o que os levou a atacar plantações, nas vilas de
São Lourenço, Catuma e Tejucupapo.
Em 24
de Abril de 1646, deu-se a famosa batalha de Tejucupapo, onde mulheres
camponesas, armadas de utensílios agrícolas e armas leves, expulsaram os
invasores, definitivamente.
O
facto histórico consolidou-se como a primeira importante participação militar. de mulheres, na defesa do território brasileiro.
Daniel
Costa
Que linda postagem, amei ler amigo Daniel, conheci Olinda em uma única visita, isto é, vi só um pouco dessa linda cidade!Preciso voltar e rever o que já vi e conhecer bem mais!
ResponderEliminarAbraços bem apertados meu amigo culto, que alegria que é poder te ler!
Pois é, meu amigo Daniel: Olinda por ser uma cidade muito rica era cobiçada por todos. Gostei de ler a história de como os pernambucanos se livraram dos holandeses. Gostei principalmente quando conta "Em 24 de Abril de 1646, deu-se a famosa batalha de Tejucupapo, onde mulheres camponesas, armadas de utensílios agrícolas e armas leves, expulsaram os invasores, definitivamente." Valentes!
ResponderEliminarUma boa semana.
Beijos.
Caro Daniel, essa é a nossa bela Olinda, de gente alegre, berço de muitos talentos musicais e de pintores. Parabéns.
ResponderEliminarGrande abraço.
Pedro.
Olinda como o nome diz deve ser mesmo linda, belas fotografias.
ResponderEliminarUm abraço e boa semana.
Andarilhar
OLinda cidade bela...ou não fosse ela Brasil descoberto por "Pedro Alvares Cabral no ano de 1500, sempre ouvi dizer e estudei isso... e nunca pelos espanhois.
ResponderEliminarMas não importa Daniel, o Brasil é bonito!! É dos brasileiros... eu sou portuguesa, mas tenho muitas amigas no Brasil e família...adoro o Brasil por que é lindo. Abraço amigo e obrigada pela sua visita .
http://poemasdaminhalma.blogspot.pt/
OLinda cidade bela...ou não fosse ela Brasil descoberto por "Pedro Alvares Cabral no ano de 1500, sempre ouvi dizer e estudei isso... e nunca pelos espanhois?..
ResponderEliminarMas não importa Daniel, o Brasil é bonito!! É dos brasileiros... eu sou portuguesa, mas tenho muitas amigas no Brasil e família...adoro o Brasil por que é lindo. Abraço amigo e obrigada pela sua visita .
http://poemasdaminhalma.blogspot.pt/
O Brasil é um país continental, tão diversificado, tão rico na sua história, na colonização, na sua arte, no nosso idioma com vários sotaques, em nossas tradições, no regionalismo de cada Estado que quando viajamos do sul para o norte temos a sensação que estamos num país diferente.
ResponderEliminarParabéns pela matéria e sensibilidade, Daniel. E por você gostar tanto do Brasil!
Beijo, amigo.