CIDADE DE OURO PRETO
A cidade Ouro Preto, ora
município de Minas Gerais, fui fundada em 1711, mercê da fusão de arrais diversos,
por sua vez fundados por Bandeirantes.
Ouro Preto situa-se numa das
principais áreas do ciclo do ouro. Basta saber-se que no século XVIII dali sairam
para Portugal 800 toneladas desse precioso metal, sem contar com o que circulou
ilegalmente, nem o que permaneceu na Colónia, como o que foi empregue na
ornamentação de igrejas.
O município, contado com
cerca de 40.000 habitantes, chegou a ser a cidade mais populosa da América
Latina.
A Cidade Histórica de Ouro
Preto, foi o primeiro local do Brasil a ser considerado, em 1980, pela UNESCO
Património Mundial da Humanidade. Já em 1933 fora considerado património
estadual e em 1938 monumento nacional.
Foi em 1720 que Ouro Preto,
então Vila Rica foi escolhida para capital da nova Capitania de Minas Gerais.
O nome ficou a dever-se a uma
característica do mineral encontrado. À época o ouro era escurecido por uma
camada de paládio, ficando com uma coloração diferente da normalidade.
Falar da cidade de Ouro
Preto, sobretudo, é trazer à memória a genial obra artística de António
Francisco Lisboa, mais conhecido por Aleijadinho.
Toda a sua vasta obra
realizada em Minas Gerais, especialmente em Ouro Preto, Sabará, São João del
Rei e Congonhas.
Os principais monumentos,
onde podem ser apreciadas as suas obras são a Igreja de São Francisco de Assis de
Ouro Preto e o Santuário do Bom Jesus de Matosinhos. Com um estilo relacionado
ao Barroco e ao Recocó, é considerado pela crítica, como o maior expoente da
arte colonial do Brasil.
Para alguns estudiosos
estrangeiros, o Aleijadinho é o maior nome do Barroco americano, com lugar
destacado na arte do ocidente.
A sua obra está envolta em mistério,
lenda e controvérsia, dificultando o trabalho de pesquisa sobre a grande
personalidade da história do Brasil Colonial. Ao tempo mesmo tido como um herói
nacional.
A principal fonte documental
sobre a figura do Aleijadinho é uma nota biográfica escrita, cerca de quarenta anos
depois da sua morte.
A sua trajectória só poderá
ser reconstituída, através das obras deixadas. Ainda assim, a atribuição de boa
parte, das quatrocentas obras que lhe são atribuídas, cria controvérsia.
António Francisco Lisboa, o
Aleijadinho era filho natural do arquitecto português, Manuel Francisco Lisboa
e da sua escrava africana, Isabel.
Na certidão de baptismo
consta que António, nascido escravo, fora baptizado em 29 de Agosto de 1730 na
então Vila Rica, actual Ouro Preto, freguesia de Nossa Senhora da Conceição,
tendo como padrinho António Reis, na ocasião, sendo alforriado por seu pai e
senhor.
O Aleijadinho terá falecido
em 18 de Novembro de 1814.
A cidade de Ouro Preto é um
verdadeiro museu arquitectónico colonial a “céu aberto”, não só prestigiando o
grande Brasil, mas também os colonizadores portugueses.
Teodósio de Mello,
percorrendo as ruelas da Cidade, foi pensando no modo como os dois povos de
hoje, Portugal e Brasil, se identificam.
O caso desta colonização, por
determinadas características, como a da fé religiosa que, apesar de tudo,
considera exemplar, retracta bem o sentido da aculturação desta Pátria do
Cruzeiro do Sul.
Pode ser aqui encontrado grande
campo de estudo, para a moderna sociologia e antropologia. Senão vejamos: a
quantidade de “aventureiros”, grande parte da fidalguia portuguesa, acabou por se
instalar no Brasil, donde saiu da mesma, a descendência que soube tornar este imenso
Pais independente.
Tudo isto, depois de ter sido
ali, Rio de Janeiro, a verdadeira capital do Reino de Portugal.
Na imaginação de Teodósio de
Mello, a Era da Colonização, se comparativamente, e na mentalidade de então, terá
de ser sempre considerada verdadeiro orgulho, para os portugueses que precisam
de descartar a ideia, tipo propagandística, típica do Estado Novo, essa sim de
má memória.
Depois com, o pensamento não
só na Aleijadinho e artistas, seus discípulos, e também na arte de Ataíde, com
um último olhar pela capital colonial de Minas Gerais, Cidade de Ouro Preto, focando
também a atenção na de Congonhas, um sorriso feliz lhe aflorou aos lábios.
É evidente que os
Bandeirantes, verdadeiros descentes de portugueses, foram os desbravadores das riquezas
da Capitania de Minas Gerais, daquela sesmaria, que tornaram possível, o grande
período artístico de cujo incomensurável talento de Manuel Francisco Lisboa, o
Aleijadinho, o tornou a relevante e máxima figura.
Daniel Costa
Oi Daniel, que beleza de postagem. Eu como mineira, fico maravilhada!
ResponderEliminarOuro Preto é belíssimo, e todas as cidades circunvizinhas!
Um ótimo dia, e feliz Setembro!
Abraços, e um ótimo dia!
Mariangela
Oi Daniel,que maravilha você escrever sobre Ouro Preto,não conheço,mas sei que é uma cidade histórica e com lugares maravilhosos para visitar.
ResponderEliminarAdorei o texto.
Bjs e obrigada pela visita.
Carmen Lúcia.
Outo Preto merece essa linda publicação! Vale ler! abração,chica
ResponderEliminarAs maiores expressões do Barroco Mineiro são, sem dúvida, o Aleijadinho e Mestre Ataíde. Mas a arte setecentista de Minas Gerais foi criação de uma infinidade de artistas, dos quais muitos permanecem no anonimato.
ResponderEliminarMuito bom seu texto, Daniel! Adoro Ouro Preto, emociona pela História e pela sua arte maravilhosa. Pra mim o período mais belo das Artes, é o período Barroco - tanto no Brasil como na Europa.
Beijo.
OI DANIEL!
ResponderEliminarUM TEXTO PERFEITO NO QUAL EXALTAS A RIQUEZA DA VALIOSA, LINDA E HISTÓRICA CIDADE DE OURO PRETO.
ABRÇS
http://zilanicelia.blogspot.com.br/