PORTO
ALEGRE – CAPITAL DE RIO GRANDE DO SUL
Porto
Alegre apenas a partir do século XVIII se estabeleceu como cidade quando,
legalmente, o território de Rio Grande do Sul ainda pertencia aos espanhóis,
pelo Tratado de Tordesilhas.
Porém,
desde o século XVII, eram feitos esforços para a sua conquista, pelos
portugueses que progressivamente foram penetrando no território, pelo seu
nordeste, através do caminho dos conventos (extensão da Estrada Real).
A
penetração foi sendo realizada por Bandeirantes, vindos em busca de escravos
índios e por tropeiros (condutores de tropas ou comitivas de muares e as
regiões de produção e os centros consumidores no Brasil, a partir do século
XVII), que caçavam os grandes rebanhos de gado bovino, mulas e cavalos a viver
livres no estado.
Mais
tarde os tropeiros, transformando-se em estanceiros, passaram a radicar-se no
sul, solicitando a concessão de sesmarias (lei instituída em
Portugal
no século XIV que, aquando se efectivou a conquista do território do Brasil o
Estado português decidiu utilizar o sistema).
Manuel
Gonçalves Ribeiro foi aí, o primeiro concessionário de uma sesmaria em 1732.
Outra
via de penetração deu-se através do litoral, fundando-se em 1737, onde hoje se
situa o Rio Grande, com o objectivo de assistência à Colónia do Sacramento, no
Uruguai, então na posse dos portugueses.
Depois
do Tratado de Madrid em 1750, o rei de Portugal, D. João V determinou, a ida de
um grupo de 4.000 casais dos Açores para povoar o sul, na realidade só chegaram
1.000.
A
cidade constituiu-se com a chegada desses casais açorianos em meados XVIII. Já
no século XIX, chegou outra leva de emigrantes; alemães, italianos, espanhóis,
africanos, polacos e libaneses, desenvolvendo-se esta com rapidez.
O Rio
Grande do Sul, em 1763 foi de novo invadido por espanhóis, a população
portuguesa fugiu e o governo da Capitania à pressa, mudou-se para Viamão, que
foi elevado a freguesia, com o nome de Freguesia de São Francisco do Porto dos
Casais.
Em 26
de Março de 1772, actualmente estabelecida como a data da criação oficial de
Porto Alegre. Tendo em vista a sua melhor situação geográfica e estratégica, em
25 de Julho de 1773 o governador da Capitania, Marcelino de Figueiredo,
decretou que a capital se situasse lá.
Com a
paz entre Portugal e Espanha, pelo Tratado de Santo Ildefonso, acordo em 1 de
Outubro na província espanhola de Segóvia, a posse da terra foi regularizada assim
como a administração.
Foi
então mandado erguer o Palácio do Barro, a primeira sede de governo, assim como
a igreja matriz. As ruas foram calcetadas, foi criado serviço postal e o
comércio cresceu rapidamente.
Em 1814
o novo governador, Dom Diogo da Cunha, obteve a concessão de uma grande
sesmaria ao norte, com o fim expresso de estimular a agricultura local.
Com o
crescimento de cidades próximas como Rio Pardo e Santo António da Patrulha, em
vista da sua situação geográfica privilegiada, na confluência das duas maiores
rotas de navegação interna: Rio Jacuí e Lagoa de Patos – Porto Alegre começou a
ser o maior centro comercial da região.
Daniel
Costa
Mais um interessante relato histórico.
ResponderEliminarUm abraço, caro amigo Daniel.
Um belo texto Daniel!
ResponderEliminarBjs e obrigada pela visita.
Carmen Lúcia.
É sempre com gosto que leio estas suas "lições" de História do Brasil. Obrigada, Daniel.
ResponderEliminarUma boa semana.
Beijos.
Caro Daniel, gostei muito dessa sua postagem sobre o Rio grande do Sul, com as belas fotos de Porto Alegre, capital do Estado. Está excelente o seu texto sobre como tudo se desenvolveu até aqui, cujos dados históricos estão absolutamente corretos. Como diz a História, não tivessem agido com presteza os portugueses, o Rio Grande do Sul seria hoje mais um país, que teria se desenvolvido sob o domínio da Espanha, mas não foi isso o que aconteceu. Parabéns, amigo.
ResponderEliminarUm grande abraço.
Pedro
Olá, Daniel, ótima e bela postagem, então você gostou de Porto Alegre, amigo? Meu Estado fica muito longe do Nordeste brasileiro, estamos grudados no Uruguai e Argentina, onde temos verão, mas também um inverno mais rigoroso, ao sul e na parte Serrana do RS. Aqui é a terra do churrasco, dos gaúchos. A arquitetura é portuguesa, claro.
ResponderEliminarDepois de muitos e muitos anos é que vieram a colonização alemã e italiana para povoarem, juntos, parte serrana.
Coloque no YouTube as cidades de Gramado, Canela, você gostará muito de ver. Coloque também Pampa Gaúcho, é no sul do Estado. Pelotas, ao sul, é linda. Arquitetura portuguesa pura. Maravilhosa.
Obrigada, amigo, pela linda postagem histórica e divulgação do meu Estado, e de Porto Alegre.
beijo.
Tais Luso
ResponderEliminarNa verdade, o fim é historiar a os aspectos a colonização. Gramado e Canela, já se desenvolveram depois. Sobre Pelotas agradeço a sugestão, pois já estou a pesquisar, porque se enquadra no pretendido. Pampa Gaucha, ha interesse em pesquisar, por uma questão de saber certos aspetos apenas.
Depois ainda penso ir, pessoalmente, para esse lado sul, tanto mais que o próximo livro, SENHORA DO MAR, será distribuído por todo o Brasil:
MAR DE PORTO ALEGRE
Isento de febre
Visitei o Rio Grande do Sul
Mar de Porto Alegre
Parei na sua praia de água azul
Como intenso milagre
Estava na praia de Ipanema do Sul
Senhora do Mar, aqui Deus te consagre
Como se te movesses para Istambul
Fixemos Owaldo Coudal, talvez armado de sabre!
A transpor o nome da praia de Ipanema, qual Cônsul!
Imaginou a Serra de S. Mamede no quadro de Portalegre
Recordava Rio de Janeiro, estando em Rio Grande do Sul
A edilidade da cidade Gaúcha a designação integrou em breve,
Como se sonhasse com a grandeza e riqueza de Cabul
Senhora do Mar, Coudal desejou fixar-se em Porto Alegre
Sem desejar defendido, nem por um canino pit bull
Até para fazer provas aéreas de Red Bull que lá se integre
Elevar Rio Grande do Sul!
Praia de Ipanema no mar de Porto Alegre
O desejado mar com tudo azul
Mar de Porto Alegre!
Daniel Costa
Quem sabem se também a Porto Alegre.
Abraço de agradecimento
Adorei, é isso, sim. Obrigada!
ResponderEliminarQuando sair o livro não esqueça de nos avisar!
Beijo, querido amigo.