Ministro dos Transportes de Portugal, Eng.º Viana Baptista inauguração do Certame Luso-Brasileiro, LUBRAPEX 80.
À esquerda, o Presidente da República Portuguesa, visita a LUBRAPEX 80.
A direita, o Eng.º Adwaldo Cardoso de Barros, presidente dos Correios do Brasil, observa a exposição.
O NOVO MUNDO
IBEROAMERICANO, NASCIDO COM O TRATADO DAS TORDESILHAS
Chegados ao século
XX, sobretudo, havia manifestações culturais, mais em Espanha, na Península Ibérica,
designadas IBEROAMERICANA.
Miguel Foz participou numa
dessas, em 1977,na cidade de Bilbau, a norte de daquele País.
As bandeiras, do Brasil, Espanha
e Portugal, içadas e a dardejar na fachada do edifío do "El Corte Inglês", onde
teve lugar essa IBEROAMERICANA, apelavam ao conceito de irmandade de povos.
Isto é… Continuava o apelo a
que naquele, sempre Novo Mundo, progredisse, o PAIS DO FUTURO; o mais extenso,
o Brasil, o maior País daquele espaço, que se convencionou chamar de
IBEROMERICANO.
De qualquer modo, foi o povo
irmão que tomou a iniciativa de em 1964 criar o maior evento cultural que, alternadamente,
se realiza em Portugal e Brasil, com a designação genérica de LUBRAPEX.
Que em Lisboa, LUBRAPEX 1980,
além de contar com a Presidência do então, ministro dos Transportes de Portugal,
Engº. Viana Baptista, na inauguração, entre, outras entidades, como o
Presidente dos Correios do Brasil, Coronel Adwaldo Cardoso Botto de Barros,
assim como como o Presidente dos Correios de Portugal, Dr. Norberto Pilar.
Sua Excelência, o Presidente
da República Portuguesa, General Ramalho Eanes veio, a honrar também o certame,
com a sua visita.
Se tivermos em vista, a
cultura ser a alma dum povo, sempre que, politicamente há alguém a cometer
danos lesivos desse povo, por meio de corrupção ou outros, deve responder por
isso, perante autoridade representativa da comunidade.
Como se vê, o povo do Brasil,
sabe responder presente, a tratar do seu engrandecimento, é assim ele a apelar
a que os poderes instituídos, ou a instituir, sigam os exemplos de gradeza, que
os seus concidadãos apontam.
Como
escreveu o jornalista Rodrigo Guedes de Carvalho:
-
“Nos séculos mais recentes os grandes pensadores da política, de filosofia e
sociedade democrática parecem estar de acordo num ponto. Um Estado que não
protege os seus, que não garante a segurança aos cidadãos, assina a sua própria
sentença: deixa de fazer sentido, deixa de nos parecer essencial. Dito de outra
forma: para que serve afinal?”
Cerca de duzentos anos após a
chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil, não se sabe ao certo, quantos
milhares de portugueses embarcaram em Lisboa, a caminho do Brasil, no dia 27 de
Novembro de 1807, acompanhando a Rainha Dona Maria I e o príncipe regente D.
João numa vagem, verdadeiramente pioneira do continente europeu para o
americano.
A decisão de transferir a
corte para o Brasil, após conversações secretas, fora tomada a 22 de Outubro.
Pouco depois, a 27, em
Fontainebleau (França), franceses e espanhóis, decidiram a partilha de
Portugal.
Como é evidente isso
constituiu motivo para a coroa portuguesa mais se unir, á sua grande colónia do
Brasil, onde na sua capital, a cidade do Rio de Janeiro, foi estabelecer a sede
da sua governação.
Bem vistos todos os
incidentes, de ordem bélica que a revolução francesa de Napoleão Bonaparte,
estava a provocar no mundo, Portugal defendia-se, passando a corte para lá do
continente europeu, onde teve hegemonia, do sul da Península Ibérica.
Miguel Foz, medita no
assunto, partindo dum ponto de vista sociológico.
Sendo assim, pode pensar-se
que a independência do Brasil, teve neste facto a sua causa próxima.
A corte portuguesa esteve
sediada no Rio de Janeiro 13 anos, de 1808 a 1821.
Sabe-se que, de repente, esta
cidade teve de suportar mais cerca de 15.000 portugueses, da comitiva real, o
que logo criou novos problemas de habitação, em primeiro lugar, depois de outros
recursos, como os de alimentação.
Para prover tudo o que à
governação dizia respeito foi necessário, criar toda uma nova estrutura
governamental, o que de imediato teve execução.
Ao mesmo tempo colocando
nessa estrutura, todo o potencial humano que acompanhava o séquito da corte.
Em resultado o Rio de
Janeiro, progrediu muito.
É natural que neste séquito,
já funcionasse muito a velha “cunha”, à portuguesa, o mesmo que dizer; a
corrupção, a troca de favores,
A partir dos quais se tivesse
desenvolvido corrupção, tal como actualmente é conhecida no Brasil.
Em Portugal, em certos meios,
diz-se que a corrupção do Brasil faz parte também da herança colonial portuguesa.
Seja como for, o processo da
descolonização, não conheceu a rotura, que se impunha, apenas uma sucessão
governativa.
Daniel Costa