VILA
DE BELMONTE
Teodósio de Mello, nascera
descendente de fidalgos e bastante novo herdara grande fortuna, cuja lhe valia
grande rendimento.
Depois de o consolidar, de
modo algum desejou ficar de braços cruzados.
Bem no fundo do seu ser, o
homem era mais de fazer acontecer, do que esperar que acontecesse.
Senhor de grande sabedoria,
relativamente, à verdadeira saga do que foram os descobrimentos portugueses.
Essa grande epopeia, de uma gesta
histórica que a nós, lusos, sem favor pode orgulhar, tendo em conta, que as
descobertas e a sequente colonização deverão de ser vistas à luz da época.
Sendo assim, os portugueses
bem se podem orgulhar e enaltecer os feitos dos seus antepassados, o seu modo
de promover a cultura das populações, com que iam entrando em contacto.
No entanto perguntava-se:
- Então, o que foi feito
dessa grande sociedade humana, que teve vultos da visão de um Infante D.
Henrique, que se soube rodear de outros grandes homens, para levar por diante,
o seu genial projecto?
Foi isso que Teodósio de
Mello, homem já bastante culto, desejou ver mais esclarecido.
A isso se iria devotar.
Primordialmente no caso do
Brasil, onde a cultura portuguesa, é mais visível nos variados aspectos .
Foi assim que quis conhecer
Belmonte, vila onde nasceu Pedro Álvares Cabral, o registado, achador do
Brasil, terra a que uma vez ali aportado, deu o nome de Terras de Vera Cruz.
Belmonte, na realidade é uma
vila de tradicional referência, que faz parte da Beira interior, no Distrito
Castelo Branco.
Sendo vizinha da cidade da
Covilhã. Apesar das duas localidades, estarem localizadas no interior de
Portugal, como poucas regiões portuguesas, estão muito conotadas com os
descobrimentos marítimos portugueses.
Com a curiosidade de Pedro
Alvares Cabral, descobridor do Brasil, ser oriundo da vila de Belmonte
No século XII, mais
propriamente, em 1199, já o rei D. Sancho I, concedera foral à vila.
Depois ali se vieram a
refugiar bastantes judeus sefarditas, tentando fugir à obrigatoriedade, que
lhes era imposta de se converterem ao cristianismo.
Teodósio
de Mello, ficando uns dias na vila, conheceu a ancestralidade, das suas ruinas
de fortificações.
Tomou ainda conhecimento, que
Belmonte foi, onde se refugiou um grupo de judeus, que se decidiram isolar do
mundo exterior, cortando o contacto com o resto do país, podendo seguir as suas
tradições à risca.
Numa alusão à proibição
ritual de comerem carne de porco, foram chamados de “marranos”.
Durante séculos os “marranos”
de Belmonte puderam manter as suas tradições quase intactas, tornando-se um
caso excepcional de comunidade criptojudaica.
Só muito mais tarde, já no
século XX a comunidade estabeleceu contactos com os judeus de Israel e
oficializou o judaísmo como a sua religião.
Em 2005 foi inaugurado o
Museu Judaico de Belmonte, o primeiro do género em Portugal, que mostra as
tradições e o dia-a-dia dessa comunidade.
O facto teve ainda o condão
de mostrar a tolerância dos portugueses, em relação a outras etnias.
Foi o que aconteceu no caso
das terras descobertas.
Daniel Costa
Adorei saber sobre Vila de Belmonte.
ResponderEliminarObrigada por compartilhar Daniel.
Bjs e um ótimo final de semana.
Carmen Lúcia.
Uma verdadeira aula por aqui,Daniel! Sucesso com mais esse "filho"! abraços,chica
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