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domingo, 30 de outubro de 2016

MANAUS E A DIPLOMACIA PORTUGUESA

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MANAUS E A DIPLOMACIA PORTUGUESA

Entretanto, Teodósio de Mello viajara para Lisboa, com Samira. Era a primeira viagem transatlântica desta, que estava a adorar a capital do grande império que foi Portugal.
Aquele, procurando situar-se e situar a esposa na época áurea das descobertas, de que o Brasil foi e sempre será paradigma, porquanto será, o País que mais se deve identificar, culturalmente, com Portugal, o colonizador.
Na verdade, nos dois países, hoje irmanados no mesmo idioma, a circulação de pessoas, comumente, faz-se sem qualquer constrangimento.
Acresce, a maior comunidade de pessoas trabalhadoras, em Portugal, ser natural do Brasil. A todo o momento encontram-se transeuntes com sotaque Brasileiro, como estava a constatar Samira, que o fez notar ao amado marido.
É facto que o fluxo de deslocação do capital de trabalho, já no final do século XX se notava, porém neste século XXI, se inverteu. Depois de os portugueses, encontrarem trabalho no país irmão, agora é vez dos brasileiros em Portugal.
Teodósio de Mello, já rodado em pensamentos imaginativos e pesquisas sobre a descoberta e ocupação do Brasil, por portugueses, quis visitar e sentir dois emblemáticos locais imbuídos de sentido histórico do que às descobertas diz respeito: Sagres, onde já passara e a Praça do Império, em Lisboa.
Estava pois, na Praça do Império, olhou todo o grande espaço circundante que comporta, desde os manuelinos, Mosteiro dos Jerónimos, ou a magnifica Torre de Belém, cuja estrutura interior, foi criada à imagem de uma caravela. Para apenas citar monumentos bem representativos e a marcar o local de partida à descoberta do Brasil em 1500.
Foi ali que, Teodósio de Mello deu em pensar também na importância da diplomacia portuguesa, cuja excelente tradição marcou bastante a ocupação de terras do Brasil.
Já na sua actual morada no Hotel Tambaú, na cidade de João Pessoa continuou a debruçar-se, sobre a criação do novo Brasil, cuja grandeza territorial e humana, tanto admirava.
A cidade de Manaus foi fundada em 1669, a partir do forte de São José da Barra do Rio Negro, na margem esquerda do mesmo rio. A origem do nome provém da tribo dos manaós.
Na língua indígena, Manaus é a variação de Manaos que significa Mãe dos Deuses.
A ocupação da região de Manaus, aconteceu em 1657, quando tropas de resgate, comandadas pelo cabo Bento Manuel Parente, saíram de S. Luís acompanhadas de dois padres, Francisco Veloso e Manuel Pires. Durante algum tempo, a tropa fixou-se na foz do rio Tarumã, onde foi colocada uma cruz, como o costumado, rezada uma missa.
Em 1658, outra tropa de resgate, com origem no Maranhão, chegou à região, procurando além dos nativos, as chamadas “drogas do sertão”. Os nativos viam assim as suas aldeias saqueadas, pelos exploradores e os rebeldes que se recusassem a ser escravizados eram mortos.
O interesse em construir um forte na localidade veio apenas em 1668, quando o capitão Pedro da Costa da Costa Favela, caçador de índios, ao regressar ao Pará convenceu o governador António Albuquerque Coelho de Carvalho, da necessidade táctica de ser a região dotada de fortificação, contra o assédio dos holandeses e espanhóis.
A missão de construir um simulacro de fortaleza foi dada a Francisco da Mota Falcão, que recebeu auxílio de Manuel Mota Sequeira. O seu primeiro comandante foi o capitão Angélico de Barros.
O que é reconhecido como Amazónia, nos primeiros anos do século XVII, pertencia ao Estado do Maranhão e a única cidade existente era São Luís, onde se concentrava todo o poder daquele estado.
A região central e oeste foram ocupadas apenas por ordens religiosas que se subdividiram em áreas de missões e aldeamentos de actuações de Jesuítas, Carmelitas, Dominicanos e Franciscanos.
O que variou ao longo do tempo, mormente com o fim da Companhia de Jesus em meados do XVII século.
Ao tempo que as Ordens Religiosas dominavam o interior do vale Amazónico o Governo do Estado do Maranhão promovia a distribuição de terras para particulares fundarem as suas capitanias.

Daniel Costa


3 comentários:

  1. Gostei de ler sobre a fundação da cidade de Manaus e da origem do seu nome.
    Em relação às migrações, elas vão-se revezando conforme um país está melhor que outro. São fases difíceis para quem por elas passa.
    Uma boa semana, Daniel.
    Beijos.

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  2. Como sempre Daniel você descreve lindamente a história que todos nós Brasileiros deveríamos saber.
    Adorei ler.
    Bjs e uma ótima semana.
    Carmen Lúcia.

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  3. Pois é, amigo Daniel, aqui estou eu, brasileiro, aprendendo um pouco mais de História com esse irmão português. Excelentes texto e fotos. Parabéns.
    Grande abraço. Pedro.

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